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terça-feira, 2 de agosto de 2016

Exemplo Especial

O próprio Cristo sofreu por vocês e deixou o exemplo, para que sigam os seus passos. Ele não cometeu nenhum pecado e nunca disse uma só mentira. Quando foi insultado, não respondeu com insultos. Quando sofreu, não ameaçou, mas pôs sua esperança em Deus, o justo Juiz. O próprio Cristo levou os nossos pecados no seu corpo sobre a cruz a fim de que morrêssemos para o pecado e vivêssemos uma vida correta. Por meio dos ferimentos dele vocês foram curados. Vocês eram como ovelhas que haviam perdido o caminho, mas agora foram trazidos de volta para seguir o Pastor, que cuida da vida espiritual de vocês.

1Pedro 2.21b-25

domingo, 6 de setembro de 2015

Escola Dominical Betel - O milagre da liberdade de Pedro - LIÇÃO 10 – 06 de setembro de 2015



 TEXTO AUREO

“E Pedro, tomando a si, disse: Agora sei verdadeiramente que o Senhor enviou o seu anjo, e me livrou da mão de Herodes, e de tudo o que o povo dos judeus esperava.” At 12.11

Comentarista: Pastor Dr. Abner de Cássio Ferreira

VERDADE APLICADA

A oração é a chave que nos dá acesso aos compartimentos mais secretos do projeto divino. Ela pode nos revelar o como, o quando e a maneira menos cansativa para a vitória.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

• Ensinar que a perseguição tinha por finalidade a extinção do cristianismo;
• Mostrar o poder da oração durante a intercessão da Igreja por Pedro;
• Alertar quanto à necessidade de estar preparados para receber o que pedimos a Deus em oração.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

At 12.1 - E por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar;
At 12.2 - E matou à espada Tiago, irmão de João.
At 12.3 - E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos ázimos.
At 12.4 - E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da páscoa.
At 12.5 - Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus.

De acordo com Warren Wiersbe, este texto pode ser sintetizado em três pontos essenciais:
a) Deus vê nossas provações (12.1-4);
b) Deus ouve nossas orações (12.5-17); e
c) Deus lida com os nossos inimigos (12.18-25).

Introdução
Era um tempo de perseguição a todos aqueles que professassem o nome de Jesus.
No entanto, a Igreja tinha uma arma poderosa: a oração.
Através dela, Pedro foi salvo da prisão de forma sobrenatural e miraculosa.

1. A perseguição e a prisão de Pedro
A perseguição tinha como finalidade pôr fim ao cristianismo. Temos duas principais frentes de perseguição a Igreja:

Primeira: A perseguição religiosa (12.3)
Os judeus foram os principais inimigos no início do cristianismo.
Perseguiram Cristo e o levaram a cruz. Doravante, queriam matar os seus seguidores. Já haviam apedrejado Estêvão através de Saulo.

Segunda: A perseguição política (12.1-3).
Herodes Agripa I já havia prendido alguns cristãos para maltratá-los, já havia passado ao fio da espada Tiago, irmão de João, e, agora, encerrara Pedro na prisão até o fim da Festa da Páscoa para, então, sentenciá-lo à morte.
Este Herodes era neto de Herodes, o Grande, o perverso rei que mandou matar as crianças de Belém, e sobrinho de Herodes Antipas, aquele que matou João Batista e zombou de Jesus.

Propósito humano:
Para agradar aos romanos e alcançar o favor dos líderes judeus, o rei Herodes usou a estratégia de acabar com os líderes, acreditando que a morte dos pastores dissiparia o rebanho (At 12.1-3).
Propósito de Deus:
Deus não queria que eles fossem mártires, mas servos obedientes.
A perseguição de Herodes, o martírio de Tiago e a prisão de Pedro eram avisos:
"Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura". Pedro havia voltado de sua viagem pela Síria.

1.1. Herodes, o perseguidor
O rei Herodes Agripa I reinou na Palestina por ordem do imperador Cláudio, devido a serviços prestados aos romanos. Esse homem perverso era neto de Herodes, o Grande, que havia mandado matar as crianças de Belém, e sobrinho de Herodes Antipas, que havia ordenado a decapitação de João Batista (Mt 2.13-8; Mc 6.14-29). Herodes pertencia a uma família dada a intrigas e assassinatos, desprezada pelos judeus que não aceitavam a ideia de serem governados por edomitas. Como era um político habilidoso, logo descobriu a maneira fácil e barata de obter popularidade nacional: exterminar os líderes cristãos. Ele fora informado que os cristãos eram considerados uma seita fanática, apóstata, perigosa e sem possibilidade de ser recuperada para o judaísmo. E, para demonstrar zelo pela religião judaica, mandou executar Tiago e encarcerou a Pedro, para matá-lo em seguida.
Informe aos alunos que Herodes foi um instrumento do diabo para perseguir a Igreja, pois, naquele momento, o Evangelho se espalhava pelo mundo, alcançando também aos gentios. O diabo sabe que a Igreja é vitoriosa e que as forças do mal jamais poderão destruí-la. Se ele não pode destruir a Igreja, ele vai maltratar os cristãos. Herodes ordenou a prisão de vários cristãos e alguns foram mortos, dentre eles o apóstolo Tiago (irmão de João e primo de Jesus). Pedro seria a próxima vítima. Ressalte para eles que o diabo perseguirá a Igreja maltratando a sua liderança. Se você deseja destruir um grupo, destrua a sua liderança. O alvo do diabo era matar ou maltratar os líderes da Igreja. Tiago já havia sido morto e o próximo seria o apóstolo Pedro, que já estava preso, sob forte vigilância. Esta mesma tática é usada hoje, quando os líderes da igreja e suas respectivas famílias sofrem os mais implacáveis golpes do inimigo. Por isso a Bíblia recomenda que a Igreja ore pelos seus líderes espirituais e os tenham em alta consideração


1.2. Dormindo na prisão
Pedro tinha noção do risco que corria. Ele sabia (maturidade) que Tiago já havia sido morto e era o próximo.
Mesmo assim, antes de dormir, tirou as sandálias, a capa e se preparou para uma boa noite de sono.
Pedro já estava na prisão havia sete dias. Eram os dias da Festa da Páscoa. Durante todo esse tempo a igreja permaneceu em oração, e Pedro permaneceu sereno, exatamente naquela que seria a última noite da sua vida. Ele sabia que seria sentenciado à morte no dia seguinte. Mas Pedro não se desesperou.

Será que conseguiríamos dormir diante da possibilidade de sermos executados no dia seguinte? O fato é que Pedro dormiu e o sono foi tão tranquilo que o anjo teve que despertá-lo (At 12.6.7; Sl 4.8).
O anjo chamou Pedro na prisão, mas foi a oração que foi buscar o anjo. Matthew Henry
afirma que orações e lágrimas são os braços da igreja.

Mesmo na prisão, Pedro entregou toda a situação ao Senhor e Deus lhe deu paz e descanso.
Em paz me deito e logo adormeço, pois só tu, Senhor, me fazes viver em segurança.
Salmos 4:8

Talvez, sua paz se originasse de saber que a Igreja fazia contínua oração a Deus por sua vida.
Assim, mesmo não sabendo como ou quando Deus o livraria, sabia que o livramento estava a caminho (At 12.5).
A uns, Deus livra da morte; a outros, Deus livra na morte.
- Na galeria da fé, em Hebreus 11, uns foram libertos do fogo e da boca de leões pela fé; outros, pela fé, foram mortos e serrados ao meio.
- Uns são libertos pela fé; outros morrem pela fé.
- Uns seguem lutando na terra, outros permanecem celebrando no céu.
- O mesmo salmista que glorifica a Deus pelo livramento da morte diz que: Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seu santos. (SI 116.15).
Comente com os alunos que Deus sempre envia paz ao crente perseguido (At 12.6). Enquanto a Igreja orava, Pedro dormia tranquilamente mesmo naquela situação. Somente a oração é capaz de nos trazer a paz de Deus em momentos de dificuldades (Is 41.10; Fp 4.6-7). Pedro se apropriou da promessa de Deus: “Em paz me deito e logo pego no sono, porque Senhor, só tu me fazes repousar seguro” (Sl 4.8).

1.3. A morte de Tiago e a prisão de Pedro
Pedro e Tiago eram homens dedicados e ao mesmo tempo importantíssimos para a Igreja. Mas, em Sua vontade soberana, o Senhor resolveu recolher Tiago e prosseguir com Pedro.
Certamente precisamos dizer como Paulo: Por que, se vivemos, para o Senhor vivemos, se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor (Rm 14.8).

Estava se cumprindo o que pediram a Deus em oração após a segunda perseguição (At 4.29,30).
Agora, Senhor, considera as ameaças deles e capacita os teus servos para anunciarem a tua palavra corajosamente.
Estende a tua mão para curar e realizar sinais e maravilhas por meio do nome do teu santo servo Jesus. Atos 4:29,30

- E também era o cumprimento de uma palavra que Jesus disse ao responder um pedido materno a respeito de assentar-se um de seus filhos à direita e o outro a esquerda.

Disse-lhes Jesus: "Vocês não sabem o que estão pedindo. Podem vocês beber o cálice que eu vou beber?” "Podemos", responderam eles. Jesus lhes disse: "Certamente vocês beberão do meu cálice; mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não cabe a mim conceder. Esses lugares pertencem àqueles para quem foram preparados por meu Pai". Mateus 20:22,23

Herodes estendeu sua mão para destruir a Igreja e Deus estava estendendo Sua mão para realizar sinais e prodígios, a fim de glorificar Seu Filho.

Deus permitiu que Herodes matasse Tiago, mas o impediu de fazer mal a Pedro, mostrando que era o trono celeste que estava no controle e não o governante da Terra.
Não se esqueça de ressaltar para os alunos o quanto é bom saber que, por mais difíceis que sejam as provações ou por mais decepcionantes que sejam as notícias, Deus ainda está assentado em Seu trono e está no controle de todas as coisas. Talvez nem sempre compreendamos Seus caminhos, mas sabemos que Sua vontade soberana é o que há de melhor.

2. A oração que produz o sobrenatural
Certamente, a situação de Pedro parecia sem esperança no âmbito natural.
Ele estava acorrentado entre dois soldados do lado de dentro e do lado de fora havia dezesseis soldados que guardavam a prisão.

Herodes fechou todas as possibilidades humanas (isso facilitou Deus agir, pois quando se diz: não tem jeito, Deus entra em ação), só não contava com a divina, que foi movida pela contínua oração da Igreja (At 12.5).

2.1. A oração e sua eficácia
O exercício (ato de exercer ou exercitar; uso, prática) que Jesus mais praticou quando estava entre os homens foi a oração.

Ela é a comunicação direta com o Pai, tanto no sentido de comunhão, quanto das instrução, revelação, direcionamento, governo e intervenções poderosas de Deus (Mt 21.22 E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão; Fp 4.6 Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus).

Jesus tinha por hábito (maneira usual de ser, fazer, sentir; costume, regra, modo) orar à tarde, à noite e sempre pela manhã atuava com grande poder.

Ele ensinou que a oração pode tudo (Mt 21.22 E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão).

A igreja do primeiro século era alicerçada na oração e, conhecendo a maldade de Herodes, buscou em Deus um milagre (At 2.42).
Os crentes não foram para as ruas organizar uma revolta popular. Não fizeram um abaixo-assinado reivindicando seus direitos, nem apelaram para as autoridades para pedir a soltura de Pedro. Os crentes se reuniram para orar em favor de Pedro. Buscaram o soberano Senhor do universo, pois acreditavam no poder da oração.

O pregador puritano Thomas Watson disse certa vez: “Não devemos jamais subestimar o poder de uma igreja que ora!” O anjo chamou Pedro na prisão, mas foi a oração que foi buscar o anjo.
Pergunte para os alunos o que se deve fazer quando tudo parece estar perdido. Argumente com eles que a única alternativa foi a tomada pela Igreja Primitiva, isto é, buscar a solução em Deus. Se nos posicionássemos em oração para que de Deus viesse uma resposta, não perderíamos tanto tempo. Certamente, descansaríamos em Deus e o céu se moveria com certeza. Tenhamos sempre em mente o exemplo do apóstolo Pedro que conseguiu dormir, um exemplo prático de quem confia a vida nas mãos de Deus.

2.2. Uma luz vinda dos céus
Deus enviou o livramento, mas o que provocou tal visitação? A intercessão da Igreja (At 12.5).
Foi a intercessão que deu a Pedro confiança e paz, havia muitos cristãos orando por ele (At 12:12) continuamente, ao longo de toda a semana, e isso ajudou a lhe dar paz (Fp 4:6, 7).

- A oração é capaz de nos trazer à memória as promessas da Palavra de Deus, como por exemplo: "Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro" (SI 4:8).
Ou "não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel" (Is 41:10).

- Mas o principal motivo da paz que Pedro sentia era sua consciência de que Herodes não poderia matá-lo.
Jesus prometera que Pedro viveria até uma idade avançada e, então, seria executado em uma cruz romana (Jo 21:18, 19).

Mesmo com toda a precaução tomada por Herodes, Deus prova que está no comando e, quando é acionado, envia sempre em defesa dos Seus o melhor que possui (At 12.7a).

O cárcere representa o poder das trevas, que amarra a vida humana tornando-a impotente.
O poder de Deus é a luz que penetra nas trevas e liberta os encarcerados (SI 146.7, 8; Is 61.1; Lc4.18, 19).
Informe aos alunos que Deus sempre envia luz no meio das trevas (At 12.7). Enquanto a Igreja orava, Deus iluminava. Uma luz sobrenatural foi derramada sobre a prisão. Não podemos nunca nos esquecer de que Deus derrama luz nas nossas trevas (Sl 112.3).



2.3. O toque da liberdade
Uma noite antes da sentença e da execução, Pedro é visitado milagrosamente por um anjo (At 12.7). Antes de despertá-lo, o anjo toca Pedro na ilharga (no homem, cada um dos lados do corpo, dos quadris aos ombros) e ele foi liberto das cadeias.

A mensagem do anjo foi: "Levanta-te depressa". Deus tinha pressa na sua restauração. Quem tem roupa de ministro, sapatos do Evangelho e capa de profeta não pode ficar preso.
O toque do anjo ao lado de Pedro: (1) o despertou; (2) abriu as cadeias da prisão.
Logo em seguida, foi posto de pé para sair daquele cárcere.

O milagre foi tão espetacular que Pedro se tornou invisível aos olhos de toda a guarnição. Tanto a de dentro quanto a de fora (At 12.9, 10). Pedro foi despertado, liberto e posto de pé.
Como Pedro, muitos dormem algemados e precisam de um toque que desperte e liberte suas vidas.
Explique para os alunos que a Igreja tem poder para interceder e para que milagres aconteçam. Precisamos acreditar no sobrenatural, pois viver sem oração é como duelar sem armas. Ressalte para eles que a oração é a grande arma que a Igreja possui para enfrentar as perseguições do mal.

3. Portas que se abrem
“Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus” (At 12.5).
Esse pequeno e simples advérbio “mas” muda tudo. Significa que, se estamos em ação, Deus muda o quadro.
Enquanto o inimigo se preparava para o golpe final, o Senhor se revelou e mudou a situação.

3.1. Vem e segue-me
Para muitos, Pedro estava preso; para Deus, ele estava guardado (At 12.5).
Jesus disse: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Marcos 8:34

O anjo fez tudo de modo a revelar que Deus domina as circunstâncias.
O Senhor controla todas as coisas, e sempre alguém ver a glória de Deus.

Mandou Pedro se vestir, sem esquecer nenhuma peça de roupa necessária para atravessar a cidade à noite.
Os soldados não eram problema, tudo estava sob controle.
Os planos e propósitos de Deus são tão firmes e seguros que não há correria! Nada de preocupação para a vida espiritual de quem está dentro de Seus planos.
Pedro reconheceu que Deus o havia livrado de dois grandes inimigos: o politico e o religioso. A mão e a expectativa do inimigo.
Deus nos livra da expectativa do povo. A expectativa do povo foi destruída pelo livramento de Deus.
Os três portões, mesmo sendo de ferro, não frustra o plano de Deus.
Pedro passou por três portões e o terceiro era de ferro (At 12.10). Não são poucas as portas de ferro postas pelo inimigo para nos impedir a libertação. Mas quando o Senhor está à nossa frente, elas se abrem naturalmente.
Esclareça para os alunos que muitos cristãos jamais alcançarão a experiência de Pedro. Porque mesmo que o Senhor remova todas as suas cadeias e sejam libertos, eles ficam intimidados ao deparar-se com outras portas fechadas. Acham desencorajador são tentados a desistir. Mostre para eles que aqui se encontra uma grande chave: cada porta pela qual Pedro passava era aberta de modo sobrenatural pelo anjo que ia à sua frente. A função de Pedro era apenas continuar se movendo em fé.

3.2. Pedro está às portas
Deus faz o impossível, nos abre as primeiras portas (At 12.13-16). Mas algumas, nós mesmos temos que abrir.

As portas mais difíceis, Deus abriu, mas quando chegou à porta natural e terrena, Pedro precisou bater e esperar.
A porta mais difícil é a porta do coração do homem. Nela, Jesus também bate e pede que alguém a abra.

Deus abriu as portas da prisão, mas à porta do coração dos homens Pedro deveria bater e esperar que alguém a abrisse.
A menina Rode atendeu, mas não abriu a porta. A porta é humana. Muitas vezes, à porta do coração dos irmãos, teremos de bater e esperar.

E por que faz isso? Ele sabe que mesmo com as nossas mais fervorosas orações ainda podemos ter um cantinho de incredulidade no coração.
Parece incrível que aquele povo que orava pela libertação de Pedro não cresse que estava às portas.
Comente com os alunos que Deus sempre espanta o Seu povo com milagres (At 12.11-16). Enquanto a Igreja orava, Deus fazia milagres. Quando já solto, o anjo deixou Pedro livre e sozinho. Então, Pedro, caindo em si, disse: Agora, sei, verdadeiramente, que o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de toda a expectativa do povo judaico (At 12.11). Pedro se dirige a casa de Maria para dar a boa notícia de que Deus havia respondido às suas orações. O problema é que, quando Pedro bateu a porta, os irmãos não acreditaram que Deus havia respondido às suas orações, exceto a criada Rode (At 12.13-15). Os irmãos acre ditavam em Deus, por isso oraram incessantemente por Pedro. No entanto, quando a resposta bateu à porta de onde eles oravam, eles se recusaram a crer. Merece ser especialmente comentado com eles que repetiu-se a história de Zacarias, pai de João Batista (Lc 1.5-25). Sendo assim, Pedro continuou batendo até que eles abriram e viram o milagre de Deus (At 12.16).

3.3. Tudo é possível ao que crê
É interessante como podemos não estar preparados para receber o que pedimos a Deus em oração (Mt 21.22 E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão).

Aqueles fiéis irmãos não estavam abertos ao que Deus poderia fazer (At 12.12-16).
Quando finalmente abriram a porta, aqueles santos que oravam ficaram espantados e se maravilharam diante da gloriosa libertação de Pedro, que não teria ocorrido a menos que eles agissem baseados no que acreditavam acontecer.

Em cada uma de nossas comunidades, as pessoas estão batendo à porta. Elas esperam encontrar uma Igreja convicta de que Deus deseja libertar as pessoas do cárcere de suas almas.
Elas buscam esperança para o desespero, esperam encontrar em nós um refúgio para suas angústias.
É extremamente importante lembrar para os alunos que Deus sempre estará pronto para se mover em resposta às nossas orações. Todavia, Ele precisa que acreditamos pela fé naquilo que pedimos (Mc 9.23). Desse modo, veremos o Seu poder transformando estas vidas. A oração nos conecta com aquilo que as possibilidades humanas não resolvem.

Conclusão
Pedro não era apenas o refém de uma potestade governamental. Ele foi preso por uma força espiritual que manipulava um homem poderoso para fins demoníacos. Mas a Igreja fez o seu papel e Deus respondeu de forma sobrenatural. A oração pode todas as coisas (Mc 9.23).

domingo, 30 de agosto de 2015

A irreverência destruiu Ananias e Safira



TEXTO AUREO

“E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas.” At 5.11

Comentarista: Pastor Dr. Abner de Cássio Ferreira

VERDADE APLICADA

Deus conhece o interior da alma de cada ser humano, Ele jamais é injusto. Quando age com juízo, é porque viu o que nenhum de nós poderia ter visto. Deus vê o coração.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

• Alertar a Igreja quanto aos ardis de Satanás e frisar a importância do discernimento espiritual;
• Falar sobre a cultura orgulhosa e materialista do primeiro século, e a transformação produzida pelo Espírito Santo;
• Apresentar como o juízo pode surgir em meio à graça e o temor produzido pelo julgamento divino.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

At 5.3 - Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade?
At 5.4 - Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.
At 5.5 - E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.
At 5.9 - Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti.

O juízo sobre a vida de Ananias e Safira nos ensina que ninguém deve brincar com o Espírito Santo, nem deixar de levar a sério a importância de se dizer a verdade



Introdução
Corremos grandes riscos quando tentamos aparentar ser o que não somos. Tal ação é denominada hipocrisia. É a dissimulação deliberada. É a tentativa de fazer as pessoas acreditarem que somos mais espirituais do que somos. É preciso entender a diferença entre fazer para atender uma imposição e fazer para atender os desígnios divinos.

1. A graça é interrompida pelo juízo
Em tempos de grande avivamento, Satanás encontrou um meio de se infiltrar e lançar uma semente maligna na Igreja, para manchar sua credibilidade e conter seu avanço. Analisemos como nasceu o desejo desse casal, a providência divina e a sentença profética de Pedro.

1.1. Ananias e Safira
Lucas faz questão de relatar a oferta de Barnabé antes da oferta de Ananias e Safira (At 4.36, 37). Seu intento é mostrar a motivação do casal, os quais buscavam reconhecimento entre os apóstolos. Ananias e Safira foram instigados por Satanás a buscarem glória humana e, tomados pelo orgulho, cederam e planejaram uma estratégia (At 5.3). Satanás sabe que não pode destruir a Igreja, por isso, tenta misturá-la, para faze-la perder a credibilidade (At 20.28-31). Qual sua motivação e intentos ao fazer algo que julgas ser para Deus? O que causou a morte de Safira e Ananias não foi o fato de esconderem o valor e suas próriedades ou bens, mas, o que e como intentaram em seus corações ao depositarem a oferta.

Merece ser especialmente destacado para os alunos que Satanás sabe como enganar a mente e o coração dos membros da Igreja, e como os manipular de modo que sigam suas ordens, mesmo sendo cristãos sinceros (Ef 6.5-9). Devemos ter em mente que Ananias e Safira não foram condenados por roubar dinheiro de Deus, mas sim pela mentira arquitetada em seus corações. Eles não tinham obrigação alguma de ofertar qualquer valor pela propriedade vendida (At 5.4). A origem de seu pecado se deu pelo desejo de reconhecimento (At 5.4, 9), um pecado que, infelizmente, lhes custou a vida (Tg 1.15).

1.2. A palavra de juízo
A Igreja vivia um altíssimo nível espiritual naquele tempo e qualquer pessoa que fizesse parte dela não conseguiria participar da comunhão por muito tempo sem que sua falsidade fosse percebida. A intervenção poderosa de Pedro condenou a raiz do pecado e manifestou um dom pouco ativado pelos cristãos em nossos dias: o dom de discernir os espíritos, que é a habilidade ou capacidade, dada por Deus, de se reconhecer a identidade, a personalidade e a condição dos espíritos em suas diferentes manifestações ou atividades. Ananias e Safira teriam se tornado pessoas influentes dentro da Igreja, caso Pedro não discernisse e a palavra de juízo os julgasse (ICo 12.1-11; lJo 4.1).
Comunique aos alunos que Pedro tinha o dom de discernimento espiritual. Ele foi informado pelo Espírito Santo que Ananias e Safira estavam mentindo. As palavras do apóstolo Pedro deixam bem claro que Ananias tinha completa liberdade para conservar ou vender sua propriedade conforme bem entendesse. Seu pecado se achava na sua mentira ao Espírito Santo e consistia, assim, não em dar uma mera parte do preço ao fundo comum, mas, sim, em alegar que o dinheiro representava a totalidade e não apenas parte do preço da propriedade. Nem sequer se tratava apenas de procurar enganar os líderes humanos da Igreja. Os líderes eram homens inspirados pelo Espírito e, portanto, eram os representantes de Deus.

1.3. A providência divina
Enquanto os ataques do inimigo forem externos, a Igreja estará segura, mas, quando estes penetrarem em seu seio, esta ação deve ser cortada. A Igreja foi comprada com o precioso sangue de Jesus e o zelo de Deus está sobre ela (At 20.28; Ef 5.25). Satanás tem por finalidade destruí-la ou enfraquecê-la com sua mentira, porque uma Igreja sem poder é apenas mais uma religião no mundo (Jo 8.44; 10.10). Três qualidades distinguem a Igreja e, por isso, é vítima dos ataques inimigos. Primeiro, ela é coluna e baluarte da verdade (lTm 3.15), por isso é atacada com as mentiras de Satanás. Em segundo lugar, a Igreja é o templo de Deus, onde Ele habita (ICo 3.16), por isso, ele deseja se mudar para dentro dela para roubar sua perfeição. Por último, a Igreja é o exército de Deus e Satanás procura se infiltrar nela para seduzir o maior número possível de traidores (2Tm 2.1-5).
Explique para os alunos que este capítulo descreve um exemplo do julgamento pessoal de Deus (Hb 10.30, 31). Se Ananias e Safira tivessem julgado o próprio pecado, não teriam sofrido o julgamento de Deus (ICo 11.31). No entanto, ao concordarem em mentir, Deus teve de lidar seriamente com eles.

2 Uma cultura orgulhosa e materialista
A nova vida produzida pelo Espírito Santo capacitava os primeiros cristãos a viver em comunhão e a dividir seus bens para suprir a necessidade dos menos favorecidos. Esta atitude desafiava o espírito ambicioso dos moradores de Jerusalém, lugar onde o Espírito Santo imprimia em cada cristão um modelo de Cristo (ICo 11.1).


2.1. Uma cultura arrogante
Na época do derramamento do Espírito, Roma estava no poder e disseminava uma cultura de orgulho, arrogância e materialismo, onde os oprimidos, as viúvas, órfãos e os pobres não tinham vez (SI 9.6). Por toda a extensão do império, encontravam-se monumentos e palácios que foram construídos para os heróis de guerra. Porém, não havia qualquer preocupação com os pobres (SI 9.18). Do lado judeu, a cobiça e o orgulho também predominavam. Os líderes religiosos se inclinavam para a aquisição das riquezas e de propriedades (Ec 5.10; lTm 6.10). Enquanto isso os fariseus viviam de artimanhas legais para roubar as casas das viúvas. Assim, os órfãos eram abandonados e os desabrigados sofriam ofensas.
Esclareça para os alunos que a classe trabalhista era sabotada no salário. Não havia mais justiça, nem temor a Deus. Por todo Israel, a atitude predominante era a seguinte: “Cada um por si”. Não havia satisfação porque cobiçosamente se desejava mais e mais.

2.2. Pregando sem palavras
Durante centenas de anos, os pobres haviam sido desprezados, mas, de repente, o Espírito Santo soprou uma qualidade de vida contagiante, onde as pessoas vendiam propriedades, compartilhavam suas alegrias e tinham tudo em comum (At 2.43-46). O mundo presenciou o surgimento de crentes que amavam uns aos outros, eram cheios de poder, não estavam presos a bens materiais e se preocupavam com os necessitados. O Espírito Santo queria que eles fossem uma carta lida, um teste munho vivo do amor de Deus para o mundo (2Co 3.2). Eles pregavam sem palavras, com atos.
Não esqueça de ressaltar para os alunos que foi exatamente esse clima que Ananias e Safira tentaram sabotar. Não custa entender porqut perderam a vida. A aparente generosidade de Ananias não foi um ato de fé. Ananias não agiu licitamente, pelo que inclui o verbo grego (nosphizomai) traduzido por reter (At 5.2, 3). Informe aos alunos que esse verbo no Novo Testamento só aparece aqui e em Tito 2.10 (traduzido por defraudar). “Reter” aqui é no sentido de “subtrair”. Esse mesmo verbo aparece em Josué 7.1, na Septuaginta, quando Acã tomou do “anátema” de Jericó.

2.3. Servindo com reservas
Muitas pessoas servem a Deus com reservas, não permitindo que o Senhor preencha as áreas escuras de suas almas. Ananias e Safira não foram punidos por causa de um pedaço físico de terra, o juízo tem a ver com o território interno dos seus corações. Eles se rebelaram contra a verdade. Acreditaram que podiam servir a Deus e estar agarrados a alguma coisa. Pedro afirma que mentiram ao Espírito Santo (At 5.3). A ganância em seus corações foi a chave que deu acesso legal à entrada de Satanás e, com obstinada desobediência, permitiram que o inimigo enchesse seus corações (Pv 26.2; Ef 4.7).
É extremamente importante lembrar aos alunos que o preço de uma vida triunfante não é pequeno. Significa sujeitar a vida totalmente à Palavra de Deus, não deixando mais nenhum lugar escuro, nenhuma luxúria oculta ou rebelião. Não devemos dar espaço para Satanás entrar porque é tudo o que ele precisa para ganhar o direito de entrar e estabelecer uma base poderosa em nossos corações (Tg 4.7; IPe 2.13).

3 Lições de um juízo inesperado
O testemunho que se espalhou por toda Jerusalém é a mensagem que o Espírito Santo desejava disseminar em todo o mundo. Somente o poder de Deus poderia suplantar aquele espírito de materialismo que há séculos asfixiava Israel.

3.1. Juízo em tempo de graça
Algumas pessoas confundem período de graça com ausência de santidade divina. Embora não sejam comuns tais juízos, Deus ainda os executa em nossos dias. Ninguém, exceto Deus, conheceu o que havia de tão horrendo no coração de Ananias e Safira. Todavia, não há dúvidas de que eles mexeram em casa de maribondo quando tentaram enganar a todos, inclusive a Deus (At 5.3, 4). Ananias significa “Deus é cheio de graça”, mas ele descobriu que Deus também é santo. Safira significa “bela”, mas o pecado tornou seu coração repugnante. Um avivamento não nos isenta de ter no seio da Igreja pessoas com essa estirpe.
Explique para os alunos que, em tempos de grande avivamento, a presença de Deus é real e quando essa presença é real pode tanto salvar quanto matar (2Sm 6.6, 7). Ressalte para eles que, no mesmo lugar que se produzia a vida, Ananias e Safira encontraram a morte. Assim como Nadabe, Abiú e Uzá, eles foram irreverentes e a presença de Deus para eles agiu como juízo em vez de graça (Lv 10.1-5; lCr 13.9, 10).

3.2. O temor do Senhor
Vivemos tempos difíceis onde as pessoas misturam o santo com o profano, onde tudo é muito comum. Tempos em que se vive uma graça sem responsabilidade, onde o temor a Deus parece não fazer parte da vida de muitos cristãos. O que o Espírito Santo está tentando nos comunicar com o juízo sobre esse casal? Será que sabemos o que significa temor? Temor não é medo, é respeito, reverência! Eles tentaram enganar a Deus como se Deus fosse uma pessoa qualquer! Eles não precisavam dar nada, a propriedade lhes pertencia. Também não precisavam forjar valores. Era somente dizer: “eu quero dar isso!” Morreram por querer aparentar ser o que não eram. Por isso, eles se tornaram exemplo para que todos vissem o quanto Deus é santo (Jó 28.28; Pv 1.7; 10.27).
Explique para os alunos que o motivo da ira de Deus se encontra nos versículos 3 e 4 - eles mentiram ao Senhor! Ananias e Safira venderam um terreno e afirmaram que ofertaram o valor total da venda para ajudar os irmãos pobres. Eles queriam parecer pessoas generosas, mas, ao mesmo tempo, queriam ficar com uma parte do dinheiro. Decidiram mentir, dizendo que sua oferta foi o valor integral da venda do terreno. Reforce para eles que Deus não obrigou ninguém a vender terras ou a dar o valor total de suas propriedades. Pedro reconheceu o direito de Ananias e Safira de ficar com o seu terreno: “Conservando-o, porventura, não seria teu?” (At 5.4). Uma vez que decidiram vender, não foram obrigados a doar o valor total. Pedro acrescentou: “E, vendido, não estaria em teu poder?” (At 5.4). Ananias e Safira queriam o “crédito” por uma doação generosa, sem o sacrifício de perder todo o valor do terreno. Mentiram para Deus e para os homens e foram cobrados por essa infeliz atitude!

3.3. Ananias e Safira foram salvos?
Em vez de fama e sucesso, alcançaram a vergonha e o fracasso. A irreverência matou Ananias e Safira. No entanto, o grande questionamento é se foram ou não salvos. Segundo o que as Escrituras nos informam, poderíamos acreditar que não (ICo 6.9, 10; Ap 22.15). Todavia, o que convém é entendermos que Deus é soberano e não precisa dar explicação de Seus atos. Somente Ele viu realmente o que havia em seus corações e se agiu dessa forma é porque viu muito mais além daquilo que vemos (Jr 17.10).
Esclareça para os alunos que Pedro também lhes deu a oportunidade de dizer a verdade, ele apenas condenou a mentira. Entretanto, foi o Espírito de Deus que executou o julgamento (At 5.4-11; Gl 6.7). Ananias e Safira esperavam dar um pouco a Deus e receber crédito por muito. O seu esquema era desonesto e o julgamento de Deus foi rápido e severo. Não precisavam terminar dessa maneira. Esse é o preço da hipocrisia e da insensatez.

Conclusão
O juízo sobre a vida de Ananias e Safira nos ensina que ninguém deve brincar com o Espírito Santo, nem deixar de levar a sério a importância de se dizer a verdade. A graça é a oportunidade para se viver retamente; o juízo é a resposta para quem se utiliza da graça para ser desonesto.

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Escola Bíblica Dominical
Editora Betel 3º Trimestre de 2015, ano 25 nº 96 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor – SINAIS, MILAGRES E LIVRAMENTOS DO NOVO TESTAMENTO – O poder de Jesus Cristo e o segredo do sucesso apostólico.
Comentário Warren W. Wiersbe
Comentário Bíblico Matthew Henry
Enciclopédia bíblica R. N. Champlin
Bible Chronos