TEXTO AUREO
“E Pedro,
tomando a si, disse: Agora sei verdadeiramente que o Senhor enviou o seu anjo,
e me livrou da mão de Herodes, e de tudo o que o povo dos judeus esperava.” At
12.11
Comentarista:
Pastor Dr. Abner de Cássio Ferreira
VERDADE APLICADA
A oração é a
chave que nos dá acesso aos compartimentos mais secretos do projeto divino. Ela
pode nos revelar o como, o quando e a maneira menos cansativa para a vitória.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
• Ensinar que a
perseguição tinha por finalidade a extinção do cristianismo;
• Mostrar o
poder da oração durante a intercessão da Igreja por Pedro;
• Alertar quanto
à necessidade de estar preparados para receber o que pedimos a Deus em oração.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
At 12.1 - E por
aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para
os maltratar;
At 12.2 - E
matou à espada Tiago, irmão de João.
At 12.3 - E,
vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro.
E eram os dias dos ázimos.
At 12.4 - E,
havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de
soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da
páscoa.
At 12.5 - Pedro,
pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a
Deus.
De acordo com
Warren Wiersbe, este texto pode ser sintetizado em três pontos essenciais:
a) Deus vê nossas
provações (12.1-4);
b) Deus ouve
nossas orações (12.5-17); e
c) Deus lida com
os nossos inimigos (12.18-25).
Introdução
Era um tempo de
perseguição a todos aqueles que professassem o nome de Jesus.
No entanto, a
Igreja tinha uma arma poderosa: a oração.
Através dela,
Pedro foi salvo da prisão de forma sobrenatural e miraculosa.
1. A perseguição e a prisão de Pedro
A perseguição
tinha como finalidade pôr fim ao cristianismo. Temos duas principais frentes de
perseguição a Igreja:
Primeira: A
perseguição religiosa (12.3)
Os judeus foram
os principais inimigos no início do cristianismo.
Perseguiram
Cristo e o levaram a cruz. Doravante, queriam matar os seus seguidores. Já
haviam apedrejado Estêvão através de Saulo.
Segunda: A
perseguição política (12.1-3).
Herodes Agripa I
já havia prendido alguns cristãos para maltratá-los, já havia passado ao fio da
espada Tiago, irmão de João, e, agora, encerrara Pedro na prisão até o fim da
Festa da Páscoa para, então, sentenciá-lo à morte.
Este Herodes era
neto de Herodes, o Grande, o perverso rei que mandou matar as crianças de
Belém, e sobrinho de Herodes Antipas, aquele que matou João Batista e zombou de
Jesus.
Propósito
humano:
Para agradar aos
romanos e alcançar o favor dos líderes judeus, o rei Herodes usou a estratégia
de acabar com os líderes, acreditando que a morte dos pastores dissiparia o
rebanho (At 12.1-3).
Propósito de
Deus:
Deus não queria
que eles fossem mártires, mas servos obedientes.
A perseguição de
Herodes, o martírio de Tiago e a prisão de Pedro eram avisos:
"Ide por
todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura". Pedro havia voltado de
sua viagem pela Síria.
1.1. Herodes, o perseguidor
O rei Herodes
Agripa I reinou na Palestina por ordem do imperador Cláudio, devido a serviços
prestados aos romanos. Esse homem perverso era neto de Herodes, o Grande, que
havia mandado matar as crianças de Belém, e sobrinho de Herodes Antipas, que
havia ordenado a decapitação de João Batista (Mt 2.13-8; Mc 6.14-29). Herodes
pertencia a uma família dada a intrigas e assassinatos, desprezada pelos judeus
que não aceitavam a ideia de serem governados por edomitas. Como era um
político habilidoso, logo descobriu a maneira fácil e barata de obter
popularidade nacional: exterminar os líderes cristãos. Ele fora informado que
os cristãos eram considerados uma seita fanática, apóstata, perigosa e sem
possibilidade de ser recuperada para o judaísmo. E, para demonstrar zelo pela
religião judaica, mandou executar Tiago e encarcerou a Pedro, para matá-lo em
seguida.
Informe aos
alunos que Herodes foi um instrumento do diabo para perseguir a Igreja, pois,
naquele momento, o Evangelho se espalhava pelo mundo, alcançando também aos
gentios. O diabo sabe que a Igreja é vitoriosa e que as forças do mal jamais
poderão destruí-la. Se ele não pode destruir a Igreja, ele vai maltratar os
cristãos. Herodes ordenou a prisão de vários cristãos e alguns foram mortos,
dentre eles o apóstolo Tiago (irmão de João e primo de Jesus). Pedro seria a
próxima vítima. Ressalte para eles que o diabo perseguirá a Igreja maltratando
a sua liderança. Se você deseja destruir um grupo, destrua a sua liderança. O
alvo do diabo era matar ou maltratar os líderes da Igreja. Tiago já havia sido
morto e o próximo seria o apóstolo Pedro, que já estava preso, sob forte
vigilância. Esta mesma tática é usada hoje, quando os líderes da igreja e suas
respectivas famílias sofrem os mais implacáveis golpes do inimigo. Por isso a
Bíblia recomenda que a Igreja ore pelos seus líderes espirituais e os tenham em
alta consideração
1.2. Dormindo na prisão
Pedro tinha
noção do risco que corria. Ele sabia (maturidade) que Tiago já havia sido morto
e era o próximo.
Mesmo assim,
antes de dormir, tirou as sandálias, a capa e se preparou para uma boa noite de
sono.
Pedro já estava
na prisão havia sete dias. Eram os dias da Festa da Páscoa. Durante todo esse
tempo a igreja permaneceu em oração, e Pedro permaneceu sereno, exatamente
naquela que seria a última noite da sua vida. Ele sabia que seria sentenciado à
morte no dia seguinte. Mas Pedro não se desesperou.
Será que
conseguiríamos dormir diante da possibilidade de sermos executados no dia
seguinte? O fato é que Pedro dormiu e o sono foi tão tranquilo que o anjo teve
que despertá-lo (At 12.6.7; Sl 4.8).
O anjo chamou
Pedro na prisão, mas foi a oração que foi buscar o anjo. Matthew Henry
afirma que
orações e lágrimas são os braços da igreja.
Mesmo na prisão,
Pedro entregou toda a situação ao Senhor e Deus lhe deu paz e descanso.
Em paz me deito
e logo adormeço, pois só tu, Senhor, me fazes viver em segurança.
Salmos 4:8
Talvez, sua paz
se originasse de saber que a Igreja fazia contínua oração a Deus por sua vida.
Assim, mesmo não
sabendo como ou quando Deus o livraria, sabia que o livramento estava a caminho
(At 12.5).
A uns, Deus
livra da morte; a outros, Deus livra na morte.
- Na galeria da
fé, em Hebreus 11, uns foram libertos do fogo e da boca de leões pela fé;
outros, pela fé, foram mortos e serrados ao meio.
- Uns são
libertos pela fé; outros morrem pela fé.
- Uns seguem
lutando na terra, outros permanecem celebrando no céu.
- O mesmo
salmista que glorifica a Deus pelo livramento da morte diz que: Preciosa é aos
olhos do Senhor a morte dos seu santos. (SI 116.15).
Comente com os
alunos que Deus sempre envia paz ao crente perseguido (At 12.6). Enquanto a
Igreja orava, Pedro dormia tranquilamente mesmo naquela situação. Somente a
oração é capaz de nos trazer a paz de Deus em momentos de dificuldades (Is
41.10; Fp 4.6-7). Pedro se apropriou da promessa de Deus: “Em paz me deito e
logo pego no sono, porque Senhor, só tu me fazes repousar seguro” (Sl 4.8).
1.3. A morte de Tiago e a prisão de Pedro
Pedro e Tiago
eram homens dedicados e ao mesmo tempo importantíssimos para a Igreja. Mas, em
Sua vontade soberana, o Senhor resolveu recolher Tiago e prosseguir com Pedro.
Certamente precisamos
dizer como Paulo: Por que, se vivemos, para o Senhor vivemos, se morremos, para
o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor (Rm 14.8).
Estava se
cumprindo o que pediram a Deus em oração após a segunda perseguição (At
4.29,30).
Agora, Senhor,
considera as ameaças deles e capacita os teus servos para anunciarem a tua
palavra corajosamente.
Estende a tua
mão para curar e realizar sinais e maravilhas por meio do nome do teu santo
servo Jesus. Atos 4:29,30
- E também era o
cumprimento de uma palavra que Jesus disse ao responder um pedido materno a
respeito de assentar-se um de seus filhos à direita e o outro a esquerda.
Disse-lhes
Jesus: "Vocês não sabem o que estão pedindo. Podem vocês beber o cálice
que eu vou beber?” "Podemos", responderam eles. Jesus lhes disse:
"Certamente vocês beberão do meu cálice; mas o assentar-se à minha direita
ou à minha esquerda não cabe a mim conceder. Esses lugares pertencem àqueles
para quem foram preparados por meu Pai". Mateus 20:22,23
Herodes estendeu
sua mão para destruir a Igreja e Deus estava estendendo Sua mão para realizar
sinais e prodígios, a fim de glorificar Seu Filho.
Deus permitiu
que Herodes matasse Tiago, mas o impediu de fazer mal a Pedro, mostrando que
era o trono celeste que estava no controle e não o governante da Terra.
Não se esqueça
de ressaltar para os alunos o quanto é bom saber que, por mais difíceis que
sejam as provações ou por mais decepcionantes que sejam as notícias, Deus ainda
está assentado em Seu trono e está no controle de todas as coisas. Talvez nem
sempre compreendamos Seus caminhos, mas sabemos que Sua vontade soberana é o
que há de melhor.
2. A oração que produz o sobrenatural
Certamente, a
situação de Pedro parecia sem esperança no âmbito natural.
Ele estava acorrentado
entre dois soldados do lado de dentro e do lado de fora havia dezesseis
soldados que guardavam a prisão.
Herodes fechou
todas as possibilidades humanas (isso facilitou Deus agir, pois quando se diz:
não tem jeito, Deus entra em ação), só não contava com a divina, que foi movida
pela contínua oração da Igreja (At 12.5).
2.1. A oração e sua eficácia
O exercício (ato
de exercer ou exercitar; uso, prática) que Jesus mais praticou quando estava
entre os homens foi a oração.
Ela é a
comunicação direta com o Pai, tanto no sentido de comunhão, quanto das
instrução, revelação, direcionamento, governo e intervenções poderosas de Deus
(Mt 21.22 E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão; Fp 4.6
Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com
ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus).
Jesus tinha por
hábito (maneira usual de ser, fazer, sentir; costume, regra, modo) orar à
tarde, à noite e sempre pela manhã atuava com grande poder.
Ele ensinou que
a oração pode tudo (Mt 21.22 E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês
receberão).
A igreja do
primeiro século era alicerçada na oração e, conhecendo a maldade de Herodes,
buscou em Deus um milagre (At 2.42).
Os crentes não
foram para as ruas organizar uma revolta popular. Não fizeram um
abaixo-assinado reivindicando seus direitos, nem apelaram para as autoridades
para pedir a soltura de Pedro. Os crentes se reuniram para orar em favor de
Pedro. Buscaram o soberano Senhor do universo, pois acreditavam no poder da
oração.
O pregador
puritano Thomas Watson disse certa vez: “Não devemos jamais subestimar o poder
de uma igreja que ora!” O anjo chamou Pedro na prisão, mas foi a oração que foi
buscar o anjo.
Pergunte para os
alunos o que se deve fazer quando tudo parece estar perdido. Argumente com eles
que a única alternativa foi a tomada pela Igreja Primitiva, isto é, buscar a
solução em Deus. Se nos posicionássemos em oração para que de Deus viesse uma
resposta, não perderíamos tanto tempo. Certamente, descansaríamos em Deus e o
céu se moveria com certeza. Tenhamos sempre em mente o exemplo do apóstolo
Pedro que conseguiu dormir, um exemplo prático de quem confia a vida nas mãos
de Deus.
2.2. Uma luz vinda dos céus
Deus enviou o
livramento, mas o que provocou tal visitação? A intercessão da Igreja (At
12.5).
Foi a
intercessão que deu a Pedro confiança e paz, havia muitos cristãos orando por
ele (At 12:12) continuamente, ao longo de toda a semana, e isso ajudou a lhe
dar paz (Fp 4:6, 7).
- A oração é
capaz de nos trazer à memória as promessas da Palavra de Deus, como por
exemplo: "Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me
fazes repousar seguro" (SI 4:8).
Ou "não
temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te
fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel" (Is 41:10).
- Mas o
principal motivo da paz que Pedro sentia era sua consciência de que Herodes não
poderia matá-lo.
Jesus prometera
que Pedro viveria até uma idade avançada e, então, seria executado em uma cruz
romana (Jo 21:18, 19).
Mesmo com toda a
precaução tomada por Herodes, Deus prova que está no comando e, quando é
acionado, envia sempre em defesa dos Seus o melhor que possui (At 12.7a).
O cárcere
representa o poder das trevas, que amarra a vida humana tornando-a impotente.
O poder de Deus
é a luz que penetra nas trevas e liberta os encarcerados (SI 146.7, 8; Is 61.1;
Lc4.18, 19).
Informe aos
alunos que Deus sempre envia luz no meio das trevas (At 12.7). Enquanto a
Igreja orava, Deus iluminava. Uma luz sobrenatural foi derramada sobre a
prisão. Não podemos nunca nos esquecer de que Deus derrama luz nas nossas
trevas (Sl 112.3).
2.3. O toque da liberdade
Uma noite antes
da sentença e da execução, Pedro é visitado milagrosamente por um anjo (At
12.7). Antes de despertá-lo, o anjo toca Pedro na ilharga (no homem, cada um
dos lados do corpo, dos quadris aos ombros) e ele foi liberto das cadeias.
A mensagem do
anjo foi: "Levanta-te depressa". Deus tinha pressa na sua
restauração. Quem tem roupa de ministro, sapatos do Evangelho e capa de profeta
não pode ficar preso.
O toque do anjo
ao lado de Pedro: (1) o despertou; (2) abriu as cadeias da prisão.
Logo em seguida,
foi posto de pé para sair daquele cárcere.
O milagre foi
tão espetacular que Pedro se tornou invisível aos olhos de toda a guarnição.
Tanto a de dentro quanto a de fora (At 12.9, 10). Pedro foi despertado, liberto
e posto de pé.
Como Pedro,
muitos dormem algemados e precisam de um toque que desperte e liberte suas
vidas.
Explique para os
alunos que a Igreja tem poder para interceder e para que milagres aconteçam.
Precisamos acreditar no sobrenatural, pois viver sem oração é como duelar sem
armas. Ressalte para eles que a oração é a grande arma que a Igreja possui para
enfrentar as perseguições do mal.
3. Portas que se abrem
“Pedro, pois,
era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus” (At
12.5).
Esse pequeno e
simples advérbio “mas” muda tudo. Significa que, se estamos em ação, Deus muda
o quadro.
Enquanto o
inimigo se preparava para o golpe final, o Senhor se revelou e mudou a
situação.
3.1. Vem e segue-me
Para muitos,
Pedro estava preso; para Deus, ele estava guardado (At 12.5).
Jesus disse:
"Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e
siga-me. Marcos 8:34
O anjo fez tudo
de modo a revelar que Deus domina as circunstâncias.
O Senhor
controla todas as coisas, e sempre alguém ver a glória de Deus.
Mandou Pedro se
vestir, sem esquecer nenhuma peça de roupa necessária para atravessar a cidade
à noite.
Os soldados não
eram problema, tudo estava sob controle.
Os planos e
propósitos de Deus são tão firmes e seguros que não há correria! Nada de
preocupação para a vida espiritual de quem está dentro de Seus planos.
Pedro reconheceu
que Deus o havia livrado de dois grandes inimigos: o politico e o religioso. A
mão e a expectativa do inimigo.
Deus nos livra
da expectativa do povo. A expectativa do povo foi destruída pelo livramento de
Deus.
Os três portões,
mesmo sendo de ferro, não frustra o plano de Deus.
Pedro passou por
três portões e o terceiro era de ferro (At 12.10). Não são poucas as portas de
ferro postas pelo inimigo para nos impedir a libertação. Mas quando o Senhor
está à nossa frente, elas se abrem naturalmente.
Esclareça para
os alunos que muitos cristãos jamais alcançarão a experiência de Pedro. Porque
mesmo que o Senhor remova todas as suas cadeias e sejam libertos, eles ficam
intimidados ao deparar-se com outras portas fechadas. Acham desencorajador são
tentados a desistir. Mostre para eles que aqui se encontra uma grande chave:
cada porta pela qual Pedro passava era aberta de modo sobrenatural pelo anjo
que ia à sua frente. A função de Pedro era apenas continuar se movendo em fé.
3.2. Pedro está às portas
Deus faz o
impossível, nos abre as primeiras portas (At 12.13-16). Mas algumas, nós mesmos
temos que abrir.
As portas mais
difíceis, Deus abriu, mas quando chegou à porta natural e terrena, Pedro
precisou bater e esperar.
A porta mais
difícil é a porta do coração do homem. Nela, Jesus também bate e pede que
alguém a abra.
Deus abriu as
portas da prisão, mas à porta do coração dos homens Pedro deveria bater e
esperar que alguém a abrisse.
A menina Rode
atendeu, mas não abriu a porta. A porta é humana. Muitas vezes, à porta do
coração dos irmãos, teremos de bater e esperar.
E por que faz
isso? Ele sabe que mesmo com as nossas mais fervorosas orações ainda podemos
ter um cantinho de incredulidade no coração.
Parece incrível
que aquele povo que orava pela libertação de Pedro não cresse que estava às
portas.
Comente com os
alunos que Deus sempre espanta o Seu povo com milagres (At 12.11-16). Enquanto
a Igreja orava, Deus fazia milagres. Quando já solto, o anjo deixou Pedro livre
e sozinho. Então, Pedro, caindo em si, disse: Agora, sei, verdadeiramente, que
o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de toda a
expectativa do povo judaico (At 12.11). Pedro se dirige a casa de Maria para
dar a boa notícia de que Deus havia respondido às suas orações. O problema é
que, quando Pedro bateu a porta, os irmãos não acreditaram que Deus havia
respondido às suas orações, exceto a criada Rode (At 12.13-15). Os irmãos acre
ditavam em Deus, por isso oraram incessantemente por Pedro. No entanto, quando
a resposta bateu à porta de onde eles oravam, eles se recusaram a crer. Merece
ser especialmente comentado com eles que repetiu-se a história de Zacarias, pai
de João Batista (Lc 1.5-25). Sendo assim, Pedro continuou batendo até que eles
abriram e viram o milagre de Deus (At 12.16).
3.3. Tudo é possível ao que crê
É interessante
como podemos não estar preparados para receber o que pedimos a Deus em oração
(Mt 21.22 E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão).
Aqueles fiéis
irmãos não estavam abertos ao que Deus poderia fazer (At 12.12-16).
Quando
finalmente abriram a porta, aqueles santos que oravam ficaram espantados e se
maravilharam diante da gloriosa libertação de Pedro, que não teria ocorrido a
menos que eles agissem baseados no que acreditavam acontecer.
Em cada uma de
nossas comunidades, as pessoas estão batendo à porta. Elas esperam encontrar
uma Igreja convicta de que Deus deseja libertar as pessoas do cárcere de suas
almas.
Elas buscam
esperança para o desespero, esperam encontrar em nós um refúgio para suas
angústias.
É extremamente
importante lembrar para os alunos que Deus sempre estará pronto para se mover
em resposta às nossas orações. Todavia, Ele precisa que acreditamos pela fé
naquilo que pedimos (Mc 9.23). Desse modo, veremos o Seu poder transformando
estas vidas. A oração nos conecta com aquilo que as possibilidades humanas não
resolvem.
Conclusão
Pedro não era
apenas o refém de uma potestade governamental. Ele foi preso por uma força
espiritual que manipulava um homem poderoso para fins demoníacos. Mas a Igreja
fez o seu papel e Deus respondeu de forma sobrenatural. A oração pode todas as
coisas (Mc 9.23).