Atitudes certas diante das
adversidades
Silas Malafaia
Apresentação
A sabedoria era considerada
um bem precioso no Antigo Testamento, pois mostrava que a pessoa sabia
administrar a vida. Isto significava muito mais do que a capacidade de ganhar o
pão de cada dia com o suor de seu trabalho; era a habilidade de construir uma
história de vida repleta de vigor e superações.
Neste livro, portanto,
destacarei o conselho mais importante do homem mais sábio da Bíblia, Salomão: Sobre
tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as
saídas da vida (Provérbios 4.23). Isto significa manter um coração puro,
reto, cheio do Espírito Santo, não contaminado pelos sentimentos perversos,
pensamentos maus nem pelos desejos ilícitos.
Apesar de a ciência apontar o
cérebro, isto é, a mente, como o centro diretor do corpo humano, a Bíblia se
refere ao coração como o centro da vida humana, onde guardamos nossos
pensamentos, desejos e sentimentos. Por isso, devemos atentar para o que vemos
e ouvimos, para tomarmos as decisões certas e superarmos as adversidades.
Como o coração não é
simplesmente um órgão, mas sim, a fonte do pensamento, da vontade e dos
sentimentos, farei três perguntas básicas para que possamos refletir no decorrer
deste livro: que pensamentos você tem alimentado? Quais os desejos do seu
coração? Que sentimentos dominam você? O sucesso de nossa caminhada cristã
dependerá da resposta que daremos a estas questões.
Espero que este livro abençoe
sua vida de modo que você venha a amadurecer pessoal e espiritualmente, para
que aprenda a agir com sabedoria diante das dificuldades interpostas no seu
dia-a-dia.
Boa leitura!
Capítulo 1
Atitude
com sabedoria
Na época do Antigo
Testamento, a sabedoria era muito valorizada pelos governantes do Oriente.
Eles possuíam "sábios" conselheiros, aos quais costumavam consultar
antes de tomar decisões importantes. Se folhearmos as Sagradas Escrituras,
encontraremos personagens bem conhecidos, como José, considerado sábio no
Egito, e Daniel e seus amigos, respeitados por sua sabedoria na Babilônia.
Nos dias de hoje, a sabedoria
também é uma das principais ferramentas para lidar com as decisões críticas do
cotidiano, de forma a obter sucesso. No entanto, não basta ter estudo e um grande
nível intelectual. Não é nisto que consiste a sabedoria, mas sim, na habilidade
de saber usar seu conhecimento para enfrentar as adversidades com honestidade e
coragem, de modo que os propósitos de Deus se cumpram em sua vida.
As pessoas sábias têm capacidade
de compreender uma situação e sabem como reagir da maneira certa e no momento
apropriado. Por isso, o Senhor orienta seus filhos, em Efésios 5.15: vede
prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios. E é esta
sabedoria tão bem recomendada e supracitada na Bíblia que nos mantém em
harmonia com os princípios e os propósitos do Senhor.
Quem é sábio tem convicção da
existência de qm Deus criador e redentor que nos ama. Quem tem sabedoria busca
um relacionamento correto com Ele, pois sabe que a obediência faz com que tudo
trabalhe a seu favor. Isto não significa que estará imune a tribulações, porque
estas intempéries fazem parte da vida. Mas garante-lhe paz, ânimo, força,
esperança e entendimento para lidar adequadamente com os problemas cotidianos.
O conselho mais
importante
Destacarei o conselho mais
importante do homem mais sábio da Bíblia: Salomão, cujo nome deriva da raiz Shalom,
que significa paz. Filho de Davi e Bate-Seba, Salomão tornou-se o
terceiro rei de Israel. Seu reinado de 40 anos foi considerado uma época
áurea, sem guerras, devido à sua grande sabedoria, prosperidade e às suas
riquezas abundantes.
Sempre que mencionamos o nome
deste rei, lembramo-nos da famosa história das duas mulheres que foram ao
palácio pedir-lhe uma solução para o problema delas. Elas tiveram filhos no mesmo
período, sendo que um deles morreu. Então, a mãe que perdeu o bebê roubou a
criança da outra. Ao contarem o ocorrido a Salomão, ele disse:
Trazei-me uma espada. E
trouxeram uma espada diante do rei. [...] Dividi em duas partes o menino vivo:
e dai metade a uma e metade a outra. Mas a mulher cujo filho era o vivo falou
ao rei (porque o seu coração se lhe enterneceu por seu filho) e disse: Ah!
Senhor meu, dai-lhe o menino vivo e por modo nenhum o mateis. Porém a outra
dizia: Nem teu nem meu seja; dividi-o antes. Então, respondeu o rei e disse:
Dai a esta o menino vivo e de maneira nenhuma o mateis, porque esta é sua mãe.
1 Reis 3.24-27
A tão extraordinária sabedoria que Deus concedeu a Salomão vai além da história de seu reinado; envolvia um vasto entendimento e discernimento a respeito da vida e das suas responsabilidades.
Tanto que pessoas dos confins da terra iam a Israel para ouvi-lo, e voltavam
para casa maravilhadas (1 Reis 4.29-34), incluindo a rainha de Sabá (1 Reis
10.1-7).
Salomão chegou a proferir
mais de três mil provérbios, sendo que o mais importante de todos os que estão
registrados nas Sagradas Escrituras diz: Sobre tudo o que se deve guardar,
guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida (Provérbios
4.23). Trata-se de um conselho que nos adverte a manter um coração puro, reto,
cheio do Espírito Santo, não contaminado pelos sentimentos perversos,
pensamentos maus nem pelos desejos ilícitos.
Quando o cristão emprega este
sábio conselho no seu dia-a-dia, entende que a sabedoria não é uma idéia
abstrata nem teórica, mas totalmente prática. Pois um coração repleto de
elementos desordenados conduz a vida por um caminho errado, contrário a tudo
de bom que o Senhor almeja para seus filhos.
Por isso, antes de
prosseguirmos neste assunto que abordará alguns preceitos importantes para
administrar a vida com sabedoria, precisamos entender qual o significado do coração
no contexto bíblico. Só assim estaremos prontos para compreender como
seguir um caminho próspero e produtivo sob a direção do Pai, superando as
adversidades que se interpõem no caminho com as atitudes certas.
O coração no
contexto bíblico
Do ponto de vista científico,
entendemos que o coração é um órgão muscular que tem o tamanho aproximado de um
punho fechado, em uma pessoa adulta. Localizado na caixa torácica entre os
pulmões, ele bombeia o sangue para todo o corpo, transportando, assim,
oxigênio e nutrientes necessários às células que sustentam as atividades orgânicas.
O cérebro, por sua vez, é
considerado o centro diretor da atividade humana. É ele quem controla os
movimentos, o sono, a fome, a sede e quase todas as funções vitais necessárias
à sobrevivência, além de administrar todas as nossas emoções, como o amor, o
ódio, o medo, a alegria e a tristeza.
No entanto, apesar de a
ciência apontar o cérebro como o centro diretor do corpo humano, a Bíblia se
refere ao coração como o centro da vida. Os pensamentos, a vontade e os
sentimentos são atribuídos ao coração literal, sobre o qual existem mais de 80
referências só no livro de Provérbios. Se pararmos para analisar, este vocábulo
é utilizado na Palavra de Deus com o mesmo sentido que o usamos no nosso
cotidiano, ou seja, aponta para o homem interior.
Neste contexto, da mesma
forma que as artérias saem do coração levando nutrição a todas as partes do
corpo humano para que funcione corretamente, assim acontece com nossos
pensamentos e nossas atitudes. Caso contrário, se uma pessoa possuir um coração
impuro e cheio de mazelas, todas as suas ações e vontades serão contaminadas e
influenciarão suas atitudes negativamente.
Logo, dizer que precisa
guardar o coração significa não se deixar contaminar pelas mazelas do mundo,
além de manter a comunhão com o Altíssimo e uma espiritualidade genuína, longe
da superficial idade e da hipocrisia. Tudo que faz a vida tornar-se digna de
ser vivida origina-se no interior do homem e manifesta-se em suas atitudes de
múltiplas maneiras. Isto engloba todos os valores espirituais de uma pessoa,
bem como os atos daí resultantes.
Como diz Mateus 15.19,20: do
coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição,
furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São essas coisas que contaminam o
homem. Então, aquele que não atenta para aquilo que vê e ouve é um sério
candidato a tornar-se uma pessoa infeliz, incapaz de superar as adversidades e
de tomar as decisões certas.
Questões para
reflexão
Como aprendemos no capítulo
anterior, o coração não é um órgão, mas o centro do pensamento, da vontade e
dos sentimentos. Então, farei três perguntas básicas para que possamos refletir
no decorrer deste livro:
Que pensamentos você tem
alimentado?
Quais os desejos do seu
coração?
Que sentimentos dominam você?
Nas páginas a seguir,
abordaremos cada uma dessas questões assim como suas implicações na nossa vida.
* * *
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* * *
Capítulo 2
Que
pensamentos você tem alimentado?
Antes de você agir de forma
efetiva e de acordo com seus objetivos, existe o processo mental. E na mente
que nascem as idéias para dirigir suas ações. Primeiro você pensa, depois age.
Como isso acontece? Os olhos captam a informação externa, a qual é repassada
pelo nervo ótico ao cérebro, onde será analisada e interpretada. Surge, então,
dentro do coração, a vontade humana de reagir àquela situação, podendo desejar
ou rejeitar determinada circunstância interposta na sua vida.
Isso mostra que a vontade não
só nos torna responsáveis por nossos atos e decisões como também livra Deus de
qualquer responsabilidade sobre a mesma. É o livre-arbítrio concedido pelo
Criador. Nós escolhemos o que vamos fazer perante determinada pessoa, situação
ou dificuldade. Antes de o ato concretizar-se, tudo é concebido na mente: o desejo,
a benevolência, a vingança, a ação, a reação e, inclusive, o pecado.
Por isso, a primeira questão
que abordarei é em relação ao tipo de pensamento que você tem alimentado na sua
mente. Para mostrar a importância deste assunto, farei algumas considerações:
O perigo da mente
desocupada
A Bíblia fala sobre um homem
que tem uma história fantástica, o único que as Sagradas Escrituras definem
como o homem segundo o coração de Deus: Davi (Atos 13.22). Após ser
ungido por Samuel para ser o rei substituto sobre Israel, o oitavo filho de
Jessé, um rapaz na época, ganhou notoriedade ao matar o gigante filisteu,
Golias, que tinha quase três metros de altura.
Ao suceder o reinado de Saul,
Davi tornou-se um rei popular, pois era guerreiro, trabalhador, estratégico,
inteligente e próspero. Sua liderança mudou a realidade dos israelitas. Ele
expandiu os territórios sobre os quais governou, trouxe prosperidade para
Israel e transferiu a capital de Hebrom para Jerusalém, após conquistá-la. Além
disso, tornou a nova capital o centro de adoração dos israelitas ao resgatar a
Arca da Aliança, símbolo da presença de Deus que guardava a tábua dos Dez
Mandamentos, que havia sido roubada pelos filisteus.
Contudo, em uma parte da vida
de Davi, percebemos o perigo da mente desocupada, o que levou aquele homem a
cometer adultério e homicídio. Em 2 Samuel 11, a Bíblia relata que, na época em
que os reis saíam para a guerra, Davi ficou em casa em vez de ir adiante do seu
exército na batalha. No seu lugar, o rei enviou Joabe e seus servos para que
lutassem contra os filhos de Amom e dominasse a cidade de Rabá. Esta seria mais
uma de suas guerras para consolidar seu reino, derrotar os inimigos e diminuir
as ameaças de luta contra Israel.
O palácio de Davi ficava em
uma colina, de onde ele via o restante da cidade. Daquela elevada posição podia
olhar e ver o quintal de outras moradias. Em uma tarde, desassossegado, o rei
levantou-se e foi até o terraço da casa real para relaxar. Naquele momento, ele
presenciou o inesperado: uma mulher de beleza física incontestável estava nua,
tomando banho.
O rei não resistiu à tentação
— apesar de ele haver tido um harém de quase 40 mulheres. Logo perguntou quem
era aquela mulher. Era Bate-Seba, esposa de Urias, um dos principais guerreiros
de confiança de Davi.
Mesmo assim, Davi não perdeu
tempo. Mandou que seus mensageiros a trouxessem e deitou-se com ela, sem medir
as conseqüências. Após saber que aquela mulher ficou grávida, tratou de
arquitetar a morte do marido dela. Foi, então, que ordenou a Joabe que
colocasse Urias na frente da maior força de batalha para que ele fosse morto. E
assim foi feito. Logo o rei recebeu a notícia de que seu plano havia dado certo
(2 Samuel 11.14-24). Após Bate-Seba passar pelo período de luto, Davi a
recolheu em seu palácio e deitou-se com ela, com quem teve um filho, Salomão.
O comportamento de Davi
pareceu mal aos olhos do Senhor (2 Samuel 11.27). Um ato que foi alimentado e
surgiu a partir de uma mente desocupada, quando o rei resolveu ficar em casa em
vez de estar cumprindo com suas responsabilidades e obrigações. Já ouviu aquele
ditado: mente vazia, oficina do diabo? O pecado é concebido na mente.
Como diz Tiago 1.15: havendo a concupiscência concebido, dá a luz o pecado;
e o pecado, sendo consumado, gera a morte.
A má concupiscência teve domínio sobre a vontade de
Davi, pois ele permitiu que a mesma tivesse pleno curso na sua vida, fecundando
o pecado. E o erro desse homem que era segundo o coração de Deus serve
como advertência a todos os cristãos: Aquele, pois, que cuida estar em pé,
olhe que não caia (1 Coríntios 10.12).
Assim como aconteceu com
Davi, pode ocorrer com os cristãos nos dias de hoje. Aqueles que vivem
desocupados estão suscetíveis a cometer atitudes que desagradam ao Senhor. Isto
é bem comum entre os que passam horas assistindo à televisão ou navegando na
internet, pois acabam vendo coisas impróprias ao cristão. Sem contar os
bombardeios que sofremos na sociedade por meio da mídia para nos convencer a
comprar uma idéia ou a adquirir algo, sendo influenciados por mensagens
subliminares e conceitos distorcidos sobre a vida.
Tal realidade nos convoca a
ter senso crítico e a filtrar o que está indo para a nossa mente, a fim de que
possamos pensar com qualidade. Isto não significa ser infalível, mas sim,
encarar a vida do ponto de vista do Senhor, levando em consideração os desejos
e valores divinos. Ocupe a mente com pensamentos inspirados pelo Espírito Santo
e não pelos atrativos visuais e os apelos de marketing do mundo. Busque
entender a santidade de Deus e a maledicência do pecado.
Pensamentos viciosos
Você sabia que os pensamentos
influenciam nossas atitudes? Ao mentalizarmos coisas boas, ouvirmos boa
música, prezarmos por conversas sadias, sobretudo, lermos a Bíblia e buscarmos
a presença do Senhor, nossos atos tendem a ser positivos e produtivos. No entanto,
se a mente está repleta de pensamentos viciosos, como a maledicência, o ódio,
a ira, as injúrias e a pornografia, nosso coração se encherá de negativismo e
impulsionar-nos-á a cometer atos que não condizem com os valores cristãos que
primam por uma vida santa, reta e temente a Deus.
O problema é que muitos
acreditam que o controle de nossa mente pertence ao Senhor a partir do momento
em que somos feitos novas criaturas ao aceitarmos Jesus como único e suficiente
Salvador (2 Coríntios 5.17). Só que estão completamente equivocados. A grande
batalha espiritual na vida do ser humano acontece na mente. Constantemente, a
incredulidade e a fé guerreiam, e depende de cada um de nós conduzir esta guerra,
pois aquela que prevalecer [a fé ou a incredulidade] dominará o nosso ser.
Quando Paulo afirmou, em 1
Coríntios 2.16, que temos a mente de Cristo, ele não quis dizer que
devemos parar de exercer o controle sobre nossos pensamentos, mas sim, conhecer
a vontade, o plano e o propósito redentor do Senhor. O apóstolo foi bem claro
ao alertar-nos: Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela
renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e
perfeita vontade de Deus (Romanos 12.2).
Paulo sabia que devíamos
controlar nossos pensamentos, para que não viéssemos a cometer atos que fossem
contra a Palavra de Deus e desagradassem ao Senhor. Não é à toa que em
Provérbios 6.19 está escrito que o coração que maquina pensamentos viciosos
aborrece o Altíssimo.
Aprenda uma coisa: Satanás
sabe muito bem que nós somos os responsáveis por exercer o controle sobre
nossa mente. Por isto, ele usa de todas as suas artimanhas para tentar
convencer-nos do que não é lícito perante a Palavra.
A nossa missão, portanto, é
deixar de pensar com a mente carnal e começar a pensar com a mente de
Cristo. Não dê brechas para que o inimigo consiga atacar sua mente nem use
indevidamente esta grande dádiva que Deus lhe concedeu, que é pensar, para alimentar
pensamentos que o levem ao pecado, senão seu coração será consumido por desejos
desordenados, pecaminosos e angustiantes.
A imaginação é o ventre onde
nasce o bem e o mal. Por vezes, você pode achar que não é possível evitar os
pensamentos maus. Realmente não tem como deletá-los, mas é possível
substituí-los logo que se iniciam na mente. Afinal, ninguém se deprime sem
antes ter pensamentos depressivos; ninguém pratica uma maldade sem antes ter
pensamentos de ódio e vingança; ninguém peca sem antes ter imaginado atos
pecaminosos.
Portanto, se você alimentar
esses pensamentos ilícitos, em vez de contê-los, por certo, será difícil fugir
da prática do pecado; e uma mente pecaminosa não consegue agir com fé em
nenhuma circunstância, muito menos diante da adversidade. Pergunto mais uma
vez: que pensamentos você tem alimentado na sua mente?
Como devo ocupar a
mente?
Para que o cristão possa
estar preparado para enfrentar as iminentes adversidades do cotidiano, precisa
manter uma fé constante firmada na Rocha, que é Cristo, e zelar por uma vida
espiritual e física saudáveis. A melhor forma de perseverar neste propósito é
saber ocupar a mente com coisas que edificam, deixando o pessimismo de lado e
não se apegando aos valores terrenos.
a) Pense nas coisas celestiais
Siga a recomendação de
Colossenses 3.2: Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são
da terra. Paulo exortou todos os cristãos a dedicarem suas faculdades
intelectuais a Cristo. Assim, ele espera que o nosso coração esteja voltado
para o bem.
Aquele que permite sua mente
ser invadida com as coisas mundanas, dificilmente será capaz de fixá-la no
reino celestial e nas bem-aventuranças que a vida em Cristo nos proporciona. O
mesmo vale para aquele que se preocupa exclusivamente com as coisas terrenas.
Buscai primeiro o Reino de
Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas (Mateus 6.33). Volte a sua mente para as coisas
celestiais, para a glória e o poder do Senhor. Consagre-se ao Senhor e busque o
bem-estar espiritual para que possa encontrar o bem-estar físico. E que você
não se engane acerca disto: sem santificação, ninguém verá Deus (Hebreus
12.14).
b) Ocupe a mente com a Palavra de Deus
Bem-aventurado o varão
que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos
pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer
na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Salmo 1.1,2
Porque a palavra de Deus
é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e
penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta
para discernir os pensamentos e intenções do coração. Hebreus 4.12
O verdadeiro cristão não
pensa como o ímpio nem segue seus comportamentos pecaminosos. Ao contrário, o
servo de Deus não somente evita o mal como também medita na Palavra, que é o
seu manual de conduta e fé. Assim, ele aprende como moldar seus pensamentos e
suas atitudes, vivendo sob a bênção do Altíssimo.
c) Desfrute bons momentos
Pare de pensar em desgraças e
em coisas que não prestam. Ore, louve, leia bons livros, principalmente a
Bíblia. Fale, veja e converse sobre coisas edificantes. Idealize projetos,
trace metas para o seu futuro e batalhe por seus sonhos. Vá à igreja, desfrute
momentos de lazer com a família e os amigos, e trabalhe com alegria.
Invista nos seus dons e
talentos. Deixe a preguiça de lado e saia da ociosidade. Alimente sua mente e
seu coração com a Verdade. Obedecer ao Senhor e aos Seus mandamentos deve ser a
motivação diária dos santos de Deus, não deixando brechas nem dando legalidade
ao inimigo para que contamine sua mente com aquilo que não provém do Alto.
Capítulo 3
Quais
os desejos do seu coração?
Uma das forças que estimula o
homem a desobedecer a Deus é a carne. Não estamos falando do corpo em si, mas
referindo-nos à natureza humana decaída com a qual nascemos, que intenta
controlar o corpo e a mente e induzir-nos ao pecado. Só que a graça e a
misericórdia divinas habitam sobre este mundo. O Senhor nos resgatou das mãos
de Satanás com o sangue de Seu Filho e capacitou-nos a fugir dos desejos
mundanos por intermédio de Sua Palavra e do Espírito Santo.
Deus sabe o que é melhor para
os seus filhos. E o maior desejo do coração dele é ser obedecido, por isso,
estabeleceu princípios e regras que nos ajudam a ter uma vida reta, justa e
abençoada durante a caminhada cristã. Sendo assim, cabe ao cristão em Jesus
perceber que valores têm norteado sua vida, ou melhor, descobrir os desejos que
têm alimentado seu coração — são desejos da carne ou anseios inspirados pelo
Espírito Santo?
É certo que o mundo tem feito
muita pressão para que sejamos dominados pelo sistema mundano. Esta armadilha
do inimigo tenta preencher-nos com os desejos da imoralidade sexual,
impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, do ódio, da discórdia, dos
ciúmes, da ira, do egoísmo, das dissensões, facções, da inveja, embriaguez, das
orgias e coisas semelhantes — são as obras da carne (Gálatas 5.19-21 nvi).
No entanto, Paulo chamou a
atenção para o modo de vida íntegro e honesto daqueles que dão prioridade ao
fruto do Espírito, que é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade,
bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5.21,22 nvi). Estes valores são de atuação
divina e permitem ao cristão ter uma vida vitoriosa e de comunhão com Deus.
Pena que muitos não seguem
esta recomendação. Há pessoas que se dizem cristãs convertidas, mas têm sido
negligentes no seu dia-a-dia, abrindo mão dos valores ensinados, pelo Senhor,
para seguir aqueles que lhe proporcionam prazeres momentâneos, que são os
desejos da carne. Por causa de tal decisão, têm enfrentado situações adversas
que geram o desgaste espiritual e emocional.
Onde está o seu
tesouro?
A Bíblia diz: onde estiver
o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração (Mateus 6.21). Podemos
aprender com esta verdade que é impossível servir a dois senhores — ao inimigo
e ao Pai celestial —, pois todo o seu ser (força, ânimo e vontade) se voltará
para aquilo que o seu coração deseja. Mesmo que o homem seja possuidor de
livre-arbítrio, é necessário dar preferência ao bem, e não ao mal, ao fruto do
Espírito, e não às obras da carne. Somente uma criatura assim é digna de ser
transformada e abençoada por Deus. Declare, então, sua preferência e escolha.
Não cobice o que é
dos outros
Cobiçar os bens ou a posição
de status de outra pessoa pode acarretar em uma grande adversidade. Veja
a história de Geazi, servo do profeta Eliseu. O livro de 2 Reis 5 conta que o
chefe do exército da Síria, Naamã, foi curado de lepra após visitar o profeta.
Este havia mandado aquele homem de guerra mergulhar nas águas turvas do rio
Jordão como uma simples demonstração de humildade e obediência, o que seria o
remédio para aquela doença.
Para agradecer ao profeta
Eliseu por ser um canal de bênção para a cura dele, Naamã lhe ofereceu ouro,
prata e roupas. Entretanto, o profeta recusou os presentes, uma vez que não
queria tirar proveito daquela situação, daquilo que o Todo-poderoso fez por
intermédio dele.
Geazi achou a atitude do seu
senhor um desperdício. Com aqueles presentes, ele poderia até conquistar sua
independência financeira. Foi, então, que traçou um plano para conseguir parte
daquela recompensa — que deveria ser do profeta. Sem perda de tempo, Geazi
correu atrás da comitiva de Naamã e disse que Eliseu havia mudado de idéia,
pedindo presentes para dois discípulos dos profetas de Betel e Gilgal, que
ficavam em escolas da região do monte Efraim.
Sendo assim, o general não
apenas deu mais do que aquele servo havia pedido como também ordenou que dois
homens o ajudassem a carregar os presentes. No meio do caminho, porém, Geazi
dispensou aqueles ajudantes para que o profeta Eliseu não desconfiasse de sua
mentira.
Só que nada está encoberto aos
olhos daquele com quem temos de tratar (Hebreus 4.13). Deus revelou ao
profeta Eliseu sobre a atitude de seu servo, ferindo-o com lepra. Ao ler esta
história, atente que não há nada de errado em querer ser rico, mas Geazi deixou
a ganância falar mais alto e desejou aquilo que não lhe pertencia, sofrendo
grave conseqüência.
Não seja ganancioso
A vida do homem depende de
Deus, e não dos seus bens. Então, acautelai-vos e guardai-vos da avareza,
porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui (Lucas
12.15). Esta advertência tem fundamento, uma vez que o materialismo fincou suas
raízes na vida de muitos cristãos. Com isso, a vaidade e as riquezas
tornaram-se o propósito de vida das pessoas, em vez de as necessidades serem o
principal alvo a ser satisfeito.
A posse de bens não contribui
para o desenvolvimento espiritual e, muito menos, garante paz e longevidade a
alguém; apenas Deus tem esse poder. Claro que as riquezas não são más em si
mesmas, mas tornaram-se parâmetro para que as pessoas julguem e sejam julgadas,
numa completa inversão de valores morais e éticos.
O coração materialista
costuma ser egoísta e nunca consegue desfrutar todas as benevolências e
riquezas que se originam de uma vida de comunhão com o Senhor.
Não deseje o mal de
ninguém
O alvo supremo de toda a
instrução da Palavra de Deus não é o conhecimento bíblico em si mesmo, mas uma
transformação interior do indivíduo, que se expressa no amor, na pureza de
coração, numa consciência pura e numa fé sem hipocrisia. Quando o cristão
compreende este princípio, fica mais fácil de aplicar em sua vida este
mandamento: tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também
vós (Mateus 7.12).
Há momentos em que passamos
por decepções ao sermos surpreendidos e atingidos por atitudes desagradáveis
de alguém. Nesta hora, a raiva assalta nosso coração quase que de imediato. Não
há tempo nem para refletir sobre a situação. Questionamos por que tal pessoa
fez aquilo; alegamos que não merecíamos aquele constrangimento. Chegamos até a
chamá-la de traidora. E a primeira reação é maldizer ou desejar o mal daquele
indivíduo.
Somente um amor puro e
genuíno pode ajudar-nos a lidar com essas situações delicadas, a acalmar o
coração e, sobretudo, a desejar sempre o bem, mesmo para o nosso inimigo. Por
isso, devemos ter uma vida subordinada, controlada e dirigida pelo amor e pela
devoção a Deus. Desta maneira é que conseguiremos apartar-nos do pecado e de
tudo aquilo que causa dano e tristeza ao próximo e, conseqüentemente, a nós
mesmos.
Deseje a presença de
Deus
Confira o texto de Salmo
42.1,2: Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha
alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando
entrarei e me apresentarei ante a face de Deus? Um homem pode viver bastante
tempo sem alimento, mas sem água ele morre, pois esta é um elemento vital para
a vida. E a única fonte que nunca cessa de jorrar água é Jesus (João 4.14;
Apocalipse 21.6).
Por isso, podemos ver nos
versículos acima o ardente desejo do salmista de experimentar a presença de
Deus e, assim, ter uma completa comunhão com Ele. O autor não se contentava em
ler, orar e aprender. Para ele, isto não era suficiente à vida espiritual.
O salmista queria mais;
desejava a presença do Senhor imediatamente, ter comunhão com o Pai,
relacionar-se com Ele, dialogar, ouvir Sua voz. Siga este exemplo. Não reduza a
presença de Deus à adoração no templo. Busque experiências pessoais com Ele.
Tenha cautela quanto às coisas terrenas e com os prazeres que tiram a fome e a
sede do Senhor. Deseje buscar, constantemente, a face do Altíssimo em oração
(Marcos 4.19).
Busque a vontade do
Senhor
Note o que está escrito em 1
João 2.17: o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a
vontade de Deus permanece para sempre. Ao ler esta passagem, podemos
constatar que a única certeza a respeito do sistema deste mundo é que ele não
vai durar para sempre. Um dia tudo vai acabar. As pessoas morrem, as nações são
dominadas, as riquezas se deterioram, as filosofias de vida do homem são
esquecidas.
Somente o que faz parte da
vontade do Senhor permanecerá. É nesta verdade que se firmam os cristãos
consagrados. Eles não mantêm uma ligação com as coisas deste mundo nem se
deixam influenciar pelos princípios da modernidade, pois têm consciência de
que são estrangeiros e peregrinos na terra (Hebreus 11.13). Vivem em
prol da eternidade e buscam a vontade de Deus para a sua vida.
Um dos benefícios da salvação
é o privilégio de saber a vontade de Deus. No entanto, o Senhor não quer que a
vontade dele seja apenas conhecida, e sim, compreendida (Efésios 5.17). Por
isso, ela é revelada por meio de Sua Palavra. O cristão maduro, por sua vez,
que separa um momento durante o dia para ler e refletir sobre a Bíblia
encontra o desejo do coração do Pai e consegue aplicá-lo no seu cotidiano.
Aquele que firma sua fé e
esperança nos valores deste mundo sofre com as ilusões desta vida temporária.
Por outro lado, o que busca conhecer e seguir a vontade do Senhor constrói um
castelo forte sobre as fiéis promessas do Todo-poderoso e permanece para
sempre. Ele não só poderá viver no lar celestial junto com os demais irmãos em
Cristo, como também terá a garantia de ser guardado e abençoado por Deus
enquanto estiver nesta terra.
Queira estar na Casa
de Deus
Dentre os muitos poemas que Davi
escreveu, o Salmo 27 nos traz uma preciosa lição para o que queremos falar
neste tópico. Intitulado Confiança em Deus e anelo pela sua presença, este
registro bíblico foi escrito na época em que o poeta estava no exílio, sendo
perseguido pelo rei Saul e seu exército. O texto revela que Davi corria sério
perigo. Acima de tudo, ensina-nos que, quando conhecemos o Senhor e confiamos
nele, recebemos Sua ajuda para superar os medos e prosseguir nos propósitos
divinos.
E onde é que Davi buscava
segurança, refúgio e orientação para os seus problemas? No templo do Senhor,
que era considerado uma fortaleza onde os homens se refugiavam muito acima dos
vales e longe das grandes matanças. Lá, ele ficava protegido de seu inimigo e
encontrava alívio tanto para a vida espiritual como para a física.
Uma coisa pedi ao SENHOR e a
buscarei: que possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para
contemplar a formosura do SENHOR e aprender no seu templo. Porque no dia da
adversidade me esconderá no seu pavilhão; no oculto do seu tabernáculo me
esconderá; pôr-me-á sobre uma rocha. Salmo 27.4,5
Deus conclama todos nós para
esse mesmo propósito, pois a igreja é um refúgio para os cristãos nos dias de
hoje. Lá ouvimos uma mensagem inspirada pelo Espírito Santo que edifica nossa
vida; recebemos orações e apoio dos irmãos para enfrentar as dificuldades;
renovamos nossa força e avivamos nossa fé por meio da adoração e das pregações;
sentimos a presença do Senhor de uma forma tremenda, além de sermos lembrados
que não estamos sozinhos. Aquele que procura habitar na Casa do Senhor tem a
firme garantia de que não importam quais as provações venham a enfrentar, o
Todo-poderoso nunca os abandonará (Salmo 27.8-10).
Ame estar na Casa de Deus.
Aproveite todas as oportunidades para estar na igreja, relembrando as graciosas
promessas e a inabalável fidelidade do nosso Salvador. Una-se fervorosamente
aos seus companheiros de oração e adoração. E esteja pronto para receber as
bênçãos e o poder de avivamento do Senhor sobre sua vida. Aquele que habita
no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará (Salmo
91.1).
Capítulo 4
Que
sentimentos dominam você?
Diversos, são os atributos
que poderiam ser associados ao Criador, tais como bondade, justiça e verdade.
Em alguns casos, as Sagradas Escrituras o define como Luz (1 João 1.5) e
Espírito (João 4.24), mas a principal observância está em 1 João 4.8,16,
onde ressalta que a essência do caráter de Deus é o amor (1 João 4.8,16).
Tudo o que o Senhor faz em
prol dos seus filhos tem por base o amor. Ele expressa bondade, porque nos ama.
Por mais severa que seja Sua justiça, o juízo é uma medida do Seu amor. Mesmo
quando erramos e entristecemos o coração do Pai, Ele está sempre pronto a
perdoar-nos, porque Seu amor é incondicional. Não existe prova maior deste
sentimento a favor da humanidade do que entregar o próprio Filho para morrer
por nós na cruz. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna (João 3.16).
Não é à toa que os dois
maiores mandamentos da Bíblia estão baseados exatamente no amor. Amarás o
Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
pensamento; e amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mateus 22.37,39). Mas tome
cuidado! Não podemos dizer que o homem é amor; apenas que ama. E quando o
indivíduo ama, ele se assemelha a Deus.
Com base nesta explicação,
poderíamos concluir que toda criatura que se diz cristã em Jesus deveria ter
um coração transbordante do amor de Deus. Realmente isto seria uma realidade se
não fosse o fato de muitos cristãos possuírem o coração repleto de sentimentos
perversos — ódio, vingança, inveja, ciúme, tristeza, amargura. Nestes casos não
houve uma transformação interior plena, o que impede o agir de Deus e do
Espírito na vida do indivíduo, bem como cria uma barreira para que o
Todo-poderoso interceda a seu favor durante uma adversidade.
Muitos alimentam estes
sentimentos perversos por causa da ganância, da ânsia de auto-afirmação, da
culpa, do descontentamento com sua vida atual. Esquecem que o cristão não deve
mais viver segundo os desejos da carne nem apegar-se aos valores terrenos, mas
sim, caminhar de acordo com as virtudes reservadas às novas criaturas em Cristo,
reveladas por meio da Palavra.
Antes de mencionar essas
virtudes, registradas no livro de Colossenses, pergunto: que sentimentos
dominam você? Quais as emoções que você é capaz de sentir nas situações que
vivência? De que adianta ter o conhecimento da Palavra de Deus se os valores e
os princípios aprendidos não fazem parte de sua vida prática? Onde está o amor,
a paciência, a sabedoria, o perdão, a fé, a esperança, o temor de Deus?
Revesti-vos, pois, como eleitos
de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade,
humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns aos outros e
perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como
Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de
caridade [amor], que é o vínculo da perfeição. E a paz de Deus, para a qual
também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações. Colossenses
3.12-15
Esta ordenança de Deus nos
impulsiona, continuamente, a ler, estudar e refletir sobre a Bíblia até que
ela habite ricamente dentro de nós. A partir daí, nossos pensamentos, nossos
desejos, nossos sentimentos e nossas ações passarão a ser controlados por
Cristo. Consciente disso, Paulo exortava àqueles cristãos de Colosso a
exercerem amor, misericórdia e compaixão, princípios básicos do agir do Senhor
para conosco.
Automaticamente, voltamos ao
início deste livro, onde ressaltei a sabedoria de Salomão para lidar com as
situações adversas e as questões da vida. Até mesmo porque a sabedoria é
alcançada por meio de uma vida prática do conhecimento da Palavra; e esta forma
sábia de encarar os desafios que estão à sua frente é a principal arma para ser
um homem vitorioso.
Jesus: exemplo a ser
seguido
O Filho de Deus é a nossa
inspiração de vida e deve ser sempre o exemplo a ser seguido. Ao tornar-se
homem, Jesus viveu de forma intensa. Teve de enfrentar tentações, suportar
dores e humilhações, e ainda responder e agir com sabedoria diante das
circunstâncias interpostas no seu caminho.
Por outro lado, alegrou-se e
festejou com seus discípulos e amigos, operou milagres, atendeu ao seu chamado
divino e ouviu a voz do Pai. O amor transbordava de Seu coração. Ele não fazia
acepção de pessoas, dava atenção aos mais humildes, necessitados e doentes.
Cristo perdoava seus maiores inimigos e espelhava as virtudes espirituais em
todas as suas atitudes.
Sendo assim, podemos afirmar
que Jesus, simplesmente, viveu. Nada impediu que o seu propósito fosse
alcançado nesta terra. Ele exerceu seu ministério e cumpriu o plano de redenção.
Sabe por quê? Porque Cristo agiu de acordo com os preceitos divinos, segundo os
mais nobres ideais. Apesar de Ele mesmo ser uma divindade, em tudo dava graças
a Deus e clamava em nome do Pai. O Messias sabia que a reverência e a
obediência ao Criador lhe garantiriam a vitória.
O amor perdeu seu
real significado
Ao ver o exemplo de Jesus,
mais uma vez esbarramos na questão dos sentimentos que dominam sua vida, os
quais deveriam ser, antes de tudo, guiados pelo amor. No entanto, este vocábulo
está fora de moda nos tempos modernos, apesar de ser um potencial que se
sobrepõe ao pecado, que vence o mal.
A mente das pessoas deturpou
o real significado do amor, relacionando-o sempre à sexualidade, aos desejos
carnais. Aquele amor ágape pregado pelo cristianismo e usado muitas vezes nos
manuscritos antigos pelos autores da Bíblia caiu em extinção. Não é mais aquele
sentimento divino e incondicional que nos faz perdoar, tolerar, ser
misericordiosos e ter compaixão. Não é mais aquele amor que nos ajuda a guardar
o coração dos maus sentimentos, um lugar que deveria ser preservado, pois é
dele que procedem as saídas da vida — seus valores, e atos daí
resultantes.
Veja o que diz 1 Coríntios 13
sobre o amor:
Ainda que eu falasse as
línguas dos homens e dos anjos e não tivesse caridade [amor], seria como o
metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e
conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé,
de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade [amor], nada
seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres,
e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade
[amor], nada disso me aproveitaria.
A caridade [amor] é
sofredora, é benigna; a caridade [amor] não é invejosa; a caridade [amor] não
trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não
busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a
injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo
suporta. A caridade [amor] nunca falha; mas, havendo profecias, serão
aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque,
em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Mas, quando vier o que é
perfeito, então, o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino,
falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que
cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque, agora, vemos por
espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte,
mas, então, conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé,
a esperança e a caridade [amor], estas três; mas a maior destas é a caridade
[amor].
Esta é a essência do
verdadeiro amor que precisa ser resgatada no coração dos indivíduos, para que
possam entender que nada vale a pena se não houver amor. Para entender melhor a
razão de eu estar insistindo tanto neste assunto, veja o que o apóstolo Paulo
ensinou em Romanos 13.10: O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o
cumprimento da lei é o amor.
Não tome decisões
por emoção
No coração está a fonte dos
desejos e das decisões. O cristão, porém, precisa tomar cuidado. Enganoso é
o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? (Jeremias
17.9). Não adianta negar que muitas vezes a emoção influencia nosso poder de
decisão. Quando é preciso agir ou reagir a uma determinada situação, aquilo que
sentimos é o que tenta impulsionar nossa atitude.
Ao pensar nessa questão,
somos confrontados pela famosa dúvida de qual será o melhor parâmetro para a
tomada de decisão: a razão ou a emoção? De imediato, a melhor resposta seria
ter uma atitude equilibrada e ponderada tendo por base essas duas condições
humanas, levando-se em conta a circunstância e o momento. Só que este não é o
foco. A solução para esse impasse engloba algo que está além de nossas
capacidades humanas.
Quando alguém se depara com o
poder de escolha ao enfrentar uma dificuldade, é comum a razão e a emoção embaraçarem
o pensamento. Ou as lágrimas e a tristeza o deixam fragilizado demais para
tomar uma decisão sensata, ou a felicidade do momento o força a agir por
impulso. Ou seja, se algum sentimento estiver em evidência naquela ocasião,
perde-se totalmente o senso crítico.
Em uma tribulação, seu
coração o aconselha a murmurar e criticar, enquanto que a Palavra de Deus diz
para você regozijar-se na presença do Senhor, porque a dificuldade lhe ajudará
a crescer pessoal e espiritualmente. Na doença, o coração lhe impulsiona a
desesperar-se. As Sagradas Escrituras, porém, revelam que você deve crer que já
foi curado pelo sangue de Jesus.
Este conflito acontece porque
o coração não foi feito para enfrentar qualquer tipo de dificuldade, mas para
sentir. Ele é incapaz de inspirar a melhor direção, pois os sentimentos que
habitam nele são alimentados pelas circunstâncias. Entretanto, quando sua fé e
direção são depositadas no Senhor, apoiadas na Palavra de Deus, você jamais
desanimará diante dos problemas e deixar-se-á levar pelas emoções. É o
Espírito Santo que vive no seu coração que o ajudará a discernir como agir
diante das dificuldades.
Deus sonda os
corações
Quantas vezes você já ouviu
que Deus quer o seu melhor? Isto pode ser notado no trabalho, no ministério, em
casa, na rua, na faculdade, na igreja, enfim, em qualquer lugar e ocasião.
Consciente disso, por exemplo, você escolhe a melhor roupa e faz uma
autoprodução exclusivamente para ir à casa do Senhor adorá-lo. Realmente, o Pai
deve ficar muito feliz ao ver seu carinho e sua alegria de estar na igreja.
No entanto, apesar de o
Todo-poderoso apreciar essa atitude, saiba que Ele não está preocupado com a
aparência. Importa sondar como está o coração, e examinar as reais intenções.
Este poder do Senhor de distinguir e discernir os sentimentos que residem em
nós foi contemplado por Samuel, quando recebeu a ordem divina para ir à casa de
Jessé ungir um dos filhos dele como rei.
Ao chegar lá, o profeta
observou sete filhos daquele homem. A escolha natural para assumir o reinado
seria o rapaz mais velho, mas esta não seria a opção divina. Logo, o Altíssimo
falou a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua
estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem.
Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração
(1 Samuel 16.7).
Após olhar os filhos de
Jessé, finalmente Samuel encontrou o homem escolhido pelo Senhor para reinar
sobre Israel. Era Davi, um pequeno rapaz que havia acabado de chegar do campo,
onde estava apascentando as ovelhas.
Ninguém engana o
Senhor
O ser humano vê a aparência e
pode mascarar seu real sentimento para com um amigo, colocando um sorriso no
rosto, demonstrando simpatia, enquanto seu coração pulsiona de raiva por causa
de alguma decepção com o colega. Afinal, os homens são facilmente enganados.
Com o Senhor, porém, é
diferente. Ninguém pode fugir dos olhos de Deus e muito menos esconder aquilo
que sente em seu coração. Ele é onipotente e onisciente, por isso é capaz de saber
todos os nossos pensamentos, motivos, desejos e temores interiores diante de
qualquer situação. Este atributo do Altíssimo também foi descoberto por Davi, e
registrado em forma de poema, no Salmo 139.1-7:
SENHOR, tu me sondaste e me conheces.
Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu
pensamento. Cercas o meu andar e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.
Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó SENHOR, tudo conheces. Tu
me cercaste em volta e puseste sobre mim a tua mão. Tal ciência é para mim
maravilhosíssima; tão alta, que não aposso atingir. Para onde me irei do teu
Espírito ou para onde fugirei da tua face?
Não adianta tentar enganar o
Senhor. Foi Ele quem nos criou. Deus se importa conosco e conhece-nos como
ninguém. Ele sabe, inclusive, quantos cabelos temos na cabeça, algo que nós
mesmos não sabemos a quantidade (Mateus 10.30). Mais do que isso, o Altíssimo
sabe o que é melhor para nossa vida. Por isso, Ele faz tanta questão de que
guardemos os Seus mandamentos. São estes ensinamentos que nos guiarão por um
caminho próspero e vitorioso em meio às afrontas e adversidades que surgem no
cotidiano.
Capítulo 5
Um
novo coração
Aprendemos até aqui que o
coração é a fonte dos pensamentos, da vontade e dos sentimentos. Vimos que
todas as nossas palavras e atitudes procedem do interior do homem, inclusive a
iniqüidade, e que dependendo do nosso estado emocional podemos reagir de forma
diversa diante da dificuldade, sabendo que um coração impuro corrompe nossos
pensamentos.
Quando Jesus disse: o que
sai da boca procede do coração, e isso contamina o homem (Mateus 15.18),
Ele queria mostrar-nos a importância de um novo coração, transformado,
regenerado, cheio do amor de Cristo; um amor que governa nossa vida e une todas
as virtudes espirituais de modo a haver equilíbrio, crescimento e maturidade
espiritual.
Deus não deseja ver seus
filhos caindo nas armadilhas do inimigo, sustentando sentimentos perversos e
sofrendo com decisões errôneas. Ele anseia que todas as virtudes atribuídas ao
fruto do Espírito — conforme mencionei no capítulo 3 — possam direcionar-nos
pelo caminho reto, de constante aprendizado, que segue rumo ao lar celestial.
Tendo em vista a magnitude do
amor que o Senhor deseja que todos nós experimentemos, é hora de render-nos
diante do altar de Deus. Deixemos os preceitos e valores terrenos de lado, e
permitamos que o Todo-poderoso nos leve a um patamar mais alto, onde poderemos
provar do melhor desta terra.
Para que possamos desfrutar
experiências grandiosas na presença do Senhor, precisamos atentar para as
coisas que vemos e pensamos, pois é isto que determina o que sentimos e
almejamos, que define a nossa natureza humana.
O que você tem
visto?
Agradar a Deus deve ser a
prioridade do cristão fiel. Dentre tantas recomendações que a Bíblia nos
apresenta para termos uma vida íntegra e agradável aos olhos do Senhor, o
salmista destacou um propósito muito importante: Não porei coisa má diante
dos meus olhos (Salmo 101.3).
Nos dias de hoje, o ímpio se
regozija nos apelos visuais da imoralidade, pornografia, violência e
brutalidade. As pessoas não se importam de contemplar iniqüidade na televisão,
no cinema, no livro, na revista, na rua, na faculdade ou em meio aos amigos.
Pelo contrário, é uma grande satisfação para os seus desejos pervertidos.
Tudo que há no mundo, a
concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não
procede do Pai, mas procede do mundo (1 João 2.16). Então, não se deixe
impressionar pelos maus exemplos nem tente imitá-los. Isto pode gerar diversas
enfermidades espirituais e emocionais que fragilizariam sua fé e seu ânimo de
superar as adversidades e de conquistar os seus sonhos.
Ademais, o Salmo 101.3,
escrito por Davi, não só ressalta o problema de contemplar as coisas indignas,
como também destaca a gravidade de ter alvos desprezíveis e de procurar
alcançá-los. O cristão, no entanto, precisa ter os melhores objetivos
possíveis, pois é sua perspectiva de vida que determina os resultados. E, com o
mesmo empenho, deve recorrer aos melhores métodos para conquistá-los.
Os olhos do Senhor estão à
procura de servos fiéis, de verdadeiros adoradores, daqueles que sinceramente
sentem prazer em estar na presença dele e que desejam viver eternamente ao lado
do Pai. Falta agora saber o que os seus olhos procuram no dia-a-dia. Tentações,
maldade, pecado? Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o
tempo (Marcos 13.33).
Ninguém sabe o dia e a hora
em que Jesus voltará para buscar sua Igreja, os fiéis que permanecerem na fé em
Cristo. Entretanto, os sinais de Sua vinda estão irradiando diante dos nossos
olhos: a evolução da ciência, as guerras, a fúria da natureza, os
desentendimentos, enfim, diversos fatores que geram adversidades (Daniel
12.1-4).
Temos, portanto, boas razões
para buscar consolo e poder naquele que é todo-poderoso, para que estejamos
preparados para enfrentar os maus dias, superar as crises, fugir das tentações
e perseverar até o Grande Dia. Façamos como o salmista:
Elevo os olhos para os montes:
de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a
terra. Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará. Eis
que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel. O SENHOR é quem te guarda;
o SENHOR é a tua sombra à tua direita. O sol não te molestará de dia, nem a
lua, de noite. O SENHOR te guardará de todo mal; ele guardará a tua alma. O
SENHOR guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre. Salmo
121.1-8
O que você tem
ouvido?
Foi pela palavra que Deus
criou a terra, e é pela mesma palavra que Ele governa o mundo e cumpre os seus
propósitos e as suas promessas. Aqui está o ponto-chave para uma vida de
vitória: atente para a voz do Senhor. Deste modo, você não viverá pela
aparência nem se apegará a superstições humanas. Muito menos, dará atenção a
obscenidades, deboche, ironias, calúnias, fofocas, imoralidades e brincadeiras
com coisas santas.
Ciente desta importância,
Moisés exortou os israelitas que foram libertos da escravidão do Egito e
estavam caminhando pelo deserto rumo à Terra Prometida: ajunta o povo,
homens, e mulheres, e meninos, e os teus estrangeiros que estão dentro das tuas
portas, para que ouçam, e aprendam, e temam ao SENHOR, vosso Deus, e tenham
cuidado de fazer todas as palavras desta Lei [Sagradas Escrituras]
(Deuteronômio 31.12).
Sendo assim, o povo poderia
alimentar-se da palavra viva, da verdade divina, para prosseguir como soldado,
tendo o Senhor dos exércitos à frente, vencendo barreiras, transpondo muralhas
e derrotando o inimigo. O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó
é o nosso refúgio (Salmo 46.11).
Esta é a verdade que estou
reafirmando ao longo do livro. A luta não é nossa, mas sim, do Todo-poderoso.
Claro que é preciso agir. Não adianta ficar parado esperando um milagre ou
tentar fugir das tribulações, pois elas o perseguirão. Então, reconheça a
origem do problema; veja que recursos têm à sua disposição para lidar com
aquela situação; entenda que esta experiência serve de grande lição de vida
para você e sua família; entregue sua dificuldade, fraqueza e preocupação em
oração ao Senhor; e lembre-se de que pessimismo, murmuração e preguiça só
retardam a sua vitória.
Não só isso, mas, sobretudo,
tenha uma firme comunhão com Deus, dê prioridade às coisas celestiais e
obedeça aos mandamentos do Senhor. Assim, o Espírito Santo terá liberdade de
habitar em seu coração e fazer frutificar as virtudes espirituais necessárias
para agir com sabedoria e sob a direção divina. Ninguém melhor do que Deus para
intervir nas nossas causas e garantir-nos a vitória.
Para finalizar, não se
esqueça de que negligenciar no cuidado com o coração o desviará de um caminho
seguro, podendo cair sobre várias armadilhas. Em contrapartida, guardar o
coração com todo o zelo, levará você por caminhos aplainados pela graça e
bondade do Pai. E esta é a sabedoria que o Senhor deseja que você empregue na
sua vida. Permita que a glória de Deus repouse sobre você, quebrante-se diante
do Senhor e faça esta oração:
"Senhor Deus, reconheço
que muitas coisas precisam mudar em meu coração. Também sei que tua
misericórdia e graça são infinitas. Por isso, peço a Ti que me restaure por
completo. Retire tudo aquilo que impede o agir do teu Espírito em minha vida.
Que os meus olhos possam ver como os teus olhos; que os meus ouvidos ouçam
apenas a tua voz, e que meu coração seja único e exclusivamente templo do
Espírito Santo. Ajuda-me, Senhor, a aceitar e a compreender tua vontade, para
que eu possa ser um vencedor durante minha caminhada cristã. Em nome de Jesus,
amém!"
* * *
Este e-book foi digitalizado pela equipe do Semeadores da
Palavra e-books evangélicos.
Se não encontrou essa informação na 2ª página, então você o
baixou de um site desonesto, que não respeita o trabalho dos outros, e retirou
os créditos.
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Semeadores da Palavra e-books evangélicos
Atitudes certas diante das adversidades
Silas Malafaia
Copyright 2008 por Editora Central Gospel
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Atitudes certas diante das adversidades / Silas Malafaia
Rio de Janeiro: 2008
64 páginas
ISBN: 978-85-7689-096-6
1. Bíblia - Vida Cristã I. Título II.
GERÊNCIA EDITORIAL E DE PRODUÇÃO
Jefferson Magno Costa
PESQUISA, ESTRUTURAÇÃO E REVISÃO
Mike Martinelli
REVISÃO FINAL
Patrícia Scott
CAPA
Marcos Henrique Barboza
DIAGRAMAÇÃO
Luiz Felipe Rolim
IMPRESSÃO E ACABAMENTO
Donnelley
As citações bíblicas utilizadas neste livro foram extraídas da Versão Almeida Revista e Corrigida (ARC), salvo indicação específica, e visam incentivar a leitura das Sagradas Escrituras.
É proibida a reprodução total ou parcial do texto deste livro por quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos, xerográficos, fotográficos etc), a não ser em citações breves, com indicação da fonte bibliográfica.
1ª edição: Setembro/2008
Editora Central Gospel Ltda
Estrada do Guerenguê, 1851 – Taquara
Cep: 22.713-001 Rio de Janeiro – RJ
TEL: (21)2187-7000
Sumário
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